Obama e os neoconservadores neoliberais "estão dentro", unanimemente, com o presidente dos EUA, agora que Obama informou que "haverá coturnos em solo", na Síria. Que ninguém se engane: o comunicado presidencial é, exclusivamente, um teste: Obama e seus cães de guerra querem 'aferir' a disposição do povo nos EUA. Por favor, não relaxem, prestem toda a atenção. Estamos começando a reviver o Vietnã.
2/11/2015, Phil Butler, New Eastern Outlook
Em artigo anterior, no qual exigi o impeachment do presidente Obama, apresentei uma lista de possíveis saídas para o fracassado (até agora) posicionamento dos EUA na Síria. Aqui e agora, examino os 'movimentos' mais recentes de Obama no Oriente Médio. Se deixarmos avançar a loucurada da 'liderança' norte-americana, o povo dos EUA em pouco tempo nos veremos com graves problemas, muito graves.
'Noticiário' da CNN não é coisa em que se acredite ou que se possa citar, mas dessa vez - ao noticiar a decisão de Obama de por "coturnos em solo" na Síria -, a CNN não mentia. A ação de Vladimir Putin e da Força Aérea russa - além de mostrar a seriedade dos russos - já demonstrou que as forças dos EUA são incapazes de destruir os terroristas do ISIL - , e também forçou a mão de Obama e de outros neoconservadores neoliberais no Congresso dos EUA.
Os argumentos que ofereci, para ajudar meu país a arrancar-se da vergonha pela qual passamos hoje ante o mundo do poder político, talvez tenham levado uns que outros em Washington, a pensar. Tony Cartalucci, desse nosso New Eastern Outlook, nos atualiza quanto à gravidade da situação, mas permitam-me retomar a avaliação que já lhes expus.
O povo dos EUA já está quase tão completamente farto quanto o resto do mundo, antes essas ações horrorosamente ineficazes dos EUA, para 'manter a paz' (?!) pelo mundo inteiro.
A situação na Síria é olho roxo e nariz sangrando para todos os norte-americanos que tenham deixado, sem qualquer reação, que a política democrática em nosso país virasse só business, business, business. Os interesses das empresas privadas de energia e do businessempresarial sempre estiveram marcados a fogo entre os principais interesses do governo dos EUA, com milhões de dólares voando para, e sumindo onde quer que voem, naveguem ou desembarquem os militares norte-americanos. Mas agora já deu na vista e já dá vergonha.
Em artigo anterior, sugeri que impichássemos Obama, para impedir que continue e amplie suas guerras por procuração pelo mundo, e a intromissão da CIA em todos os locais para os quais NUNCA foi chamada, mas é sempre mandada ir. Que deixemos que os russos assumam o comando; que no mínimo nos aliemos realmente aos russos para acabar com o ISIL, em vez de os EUA continuarmos a dar boa vida a terroristas teúdos e manteúdos.
Agora já se vê claramente que os think-tanks e o Pentágono querem continuar com seus joguinhos mentais empenhados só em matar e matar cada vez mais gente. Obama está mandando soldados das Forças Especiais dos EUA para mais uma guerra. E não pelos motivos que vocês talvez supõem ou acreditam que haja.
Meu colega Holger Eekhof, analista político holandês, insiste em que o objetivo dos soldados das Forças Especiais na Síria é resgatar os agentes jihadistas chaves e outros quadros importantes que lá estão a serviço dos EUA, tirando-os do front russo-sírio-Hezbollah, para que possam ser reaproveitados em guerras futuras na região.
Nisso, sou obrigado a concordar com Eekhof. E que outra coisa poderiam fazer naquela zona de guerra 50 soldados especialistas super treinados?
Incorporados a grupos de militantes curdos no norte e no leste do Iraque, aquelas equipes podem facilmente organizar incursões para extrair de lá os seus parceiros terroristas "moderados" do ISIL. Essa operação, argumenta Eekhof, é muito mais simples para os norte-americanos, do que os serviços que executaram na Alemanha pós-nazista (por exemplo).
Dessa vez, diferente do processo de des-nazificação, o pessoal militar norte-americano só precisa fazer uma pergunta simples: "Você foi fotografado, ou sempre usou máscara?" A implicação aí é bem clara, assim como o duplo interesse do duplo propósito da mais recente "missão Obama": (1) apagar todas as pegadas da ação da CIA e do trabalho de manipular quadros locais feito pelos EUA naquele cenário; e (2) meter soldados norte-americanos à frente da mira dos russos, para ter certeza de que a guerra ali não acabará tão cedo.
Só isso explica o 'anúncio' oficial, quando se sabe que já há soldados das Forças Especiais lá, evidentemente não anunciados. Além do que, nunca antes, na história das guerras dos EUA, soldados das Forças Especiais foram 'anunciados' (e expostos) desse modo, ANTES de terem cumprido sua tarefa.
O secretário de Estado dos EUA John Kerry já começou a des-islamização do ISIL ou Estado Islâmico ou ISIS ou a merda que for: agora Kerry só fala de "Daesh", que ninguém sabe mesmo o que significa.
Ao longo de todo o ano passado, os EUA e a 'coalizão' só fizeram garantir cobertura aérea aos terroristas do ISIL sobre territórios da Síria e do Iraque. Se se vê o serviço que as forças aéreas russas estão cumprindo na mesma região em apenas duas semanas, destruindo terroristas e infraestrutura de grupos terroristas, vê-se logo que as forças militares do 'ocidente' sob comando dos EUA estão queimando $10 milhões de dólares por dia só para bombardear formigueiros lá, naqueles desertos.
O Centcom não tem absolutamente nada a exibir como resultado. Interessante e, devo dizer, lisonjeiro para mim que sugeri precisamente essa ideia, os russos estão filmando todos os seus sucessos aéreos. Assim mostram que, no mínimo, têm melhor mira que os derrubadores de formigueiros que os EUA 'comandam'. Perdoem, mas a culpa é da mídia-empresa comercial que, de tanto mentir, acabou por inflamar um macabro senso de ironia e cinismo que luto para esconder em mim mesmo.
Mas se ninguém der um basta às atuais péssimas ideias que saem de Washington, esses maníacos vão matar milhões de seres humanos. Explico por quê.
Se eu estiver certo, se os russos estiverem certos, os EUA há muito tempo financiam, armam e dão cobertura a terroristas, a jihadistas anti-Assad, a extremistas anti-Assad, à al-Queda e, de fato, ao próprio ISIL. Nesse caso, pôr em solo os coturnos de "conselheiros" treinados pelas Forças Especiais dos EUA e assemelhados só serve para tentar impedir que forças aéreas russas e terrestres sírias matem terroristas, jihadistasanti-Assad, extremistas anti-Assad, da al-Queda e, de fato, soldados do próprio ISIL. Pare e pense. Pense por um momento, mas pense a sério. Depois, continue a ler.
Estou trabalhando noutra investigação relacionada ao quadro mais amplo da política externa dos EUA em geral. Falo disso, porque, como mostra aquela investigação, rostos e comentários de recentes audiências na Comissão de Serviços Armados do Congresso em Washington têm papel significativo na desgraça global sob a qual se movimenta a liderança de Obama.
O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter (por favor, leiam toda a matéria) compareceu ante a Comissão, para revelar a mais recente estratégia detona quarteirões. Assistam por favor ao vídeo CSPAN, mas o que verão aí é, para dizer o mínimo, o ultra psicopata senador Lindsey Graham de meu estado natal, a Carolina do Sul, 'exigindo' guerra total contra as forças russas na Síria. Não, não, você não leu errado.
Esse carona alucinado do alucinado senador John McCain do Arizona, não apenas atropela o próprio secretário Carter e o alto comando do Estado-maior dos EUA: ele bombasticamente, arrogantemente, já antevê exércitos dos EUA & 'coalizão' bombardeando a Rússia... para derrubar Assad. Só isso. Ponto. Parágrafo. Não acreditem em mim. Vejam com os próprios olhos, Graham nesse vídeo fazendo-se de deus da guerra.
Meus amigos, essa gente é insana. Não há dúvidas de que cabeças sãs chegarão à mesma conclusão, ao lerem o relato do Comando Central dos EUA sobre (escutem essa!) a solução "Três Rs" de Carter para dar cabo do ISIL, especialmente depois de terem ouvido o doido-por-guerras residente na Carolina do Sul. (Por favor, não percam a análise de fundo que estou preparando, que logo estará publicada).
Tem mais. E é urgente: o Comando Central dos EUA confirma que todo o plano visa a "engajar a Rússia" [no sentido de "combater contra a Rússia"], no linguajar do relato acima linkado. O subtítulo "Rússia Não Terá Impacto na Campanha Anti-ISIL" informa, para que o leitor não tenha dúvidas, que dificultar, se possível interromper, a atual e muito efetiva campanha aérea dos russos é EXATAMENTE o objetivo do plano do Pentágono. Mas... entendam o lado da mídia-empresa privada e do Pentágono: eles têm certeza de que vocês são perfeitos idiotas.
Carter prossegue e aponta diferenças entre as estratégias de EUA contra a Rússia na Síria. Mas, quanto ao fato mais espantoso de todos - o efetivo apoio que os EUA dão a terroristas na Síria -, o Pentágono, o Departamento de Estado, o presidente eleito dos EUA, o Congresso que elegemos, absolutamente ninguém desses jamais disse ao povo dos EUA que a missão dos EUA na Síria é hoje, como sempre foi, "matar Assad"!
Com 500 mil matérias 'jornalísticas' a culpar Vladimir Putin por qualquer coisa que ocorra de ruim, no planeta Terra... não se lê uma linha, que seja, na mídia-empresa do meu país, sobre o único fato relevante aí: os EUA armam, pagam e garantem cobertura aérea a grupos terroristas que os próprios EUA criaram no Oriente Médio. Não se lê/ouve/televê-se uma linha/imagem. Podem procurar.
Mas uma vez, o cidadão tem de ser especialista em pesquisa por internet - e precisa desejar encontrar o que procura - para encontrar uma linha de informação sobre a evidência de que o governo Bushtrabalhou ativamente em políticas para criar uma oposição síria significativa, com o objetivo de derrubar o governo eleito na Síria.
Para concluir, essa mais recente mudança política exibe por toda ela impressões digitais de 'consultas' de emergência com think-tanks em Washington. Esse artigo, publicado em Sputnik International, com análises que estou construindo detalhadamente, põe o Brookings Institute no centro do altar da geração do caos, para nem falar dos estrategistas assimétricos do Pentágono.
Grahan da Carolina do Sul, seu parceiro lunático John McCain e mais fantoches-caricaturas que a mídia-empresa inventa para superar o Dr. Fantástico ["Como aprendi a não me preocupar e a amar a bomba"] de Stanley Kubrick, todo esse pessoal vai conseguir matar mais milhares, talvez milhões, de pessoas.
A matéria da CNN sugere fortemente que já há uma escalada planejada, depois do envio de um grupo de Forças Especiais. Tudo aí fede aos momentos pré-escalada no Vietnã. E anotem o que lhes digo: tudo está sendo encaminhado exatamente nessa direção.
Em artigos que estou preparando, os leitores certamente se surpreenderão com as similitudes entre o senador Graham e a militância passada de muitos políticos da Carolina do Sul, a favor de mais e mais guerras. Por enquanto, o resumo da coisa é que não podemos continuar a admitir que prossiga essa macabra encenação, sob a direção de Washington. Tentarei trazer mais e melhores informação semana que vem. Mas permitam-me deixar com vocês um trecho do que a CNN está repetindo sem parar:
"EUA bombardeiam alvos na Síria desde setembro de 2014 sem conseguir deter o ISIS, e fracassaram em larga medida na missão de recrutar e treinar rebeldes moderados na Síria, para que combatessem contra o grupo terrorista. Em meses recentes, os EUA também aumentaram a ajuda que dão às forças locais, armas, munição e outros itens entregues por ar a forças rebeldes dentro da Síria."
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