UEFA 2008: Espanha 4 Rússia 1

Innsbruck: Espanha teve uma arma de destruição massiva em David Villa, que marcou o hat-trick aos 20’, 44’ e 74’. Fabregas marcou o quarto aos 90’, num fora de jogo que o árbitro não viu. Rússia no entanto proporcionou bom futebol, atacando em bloco e demonstrando capacidade de penetração, que viu uma bola no poste na primeira parte e o golo de compensação por Pavluchenko aos 86’, entre outras hipóteses. Noutra tarde, o marcador não teria sido tão dilatado.

O treinador espanhol Luís Aragonês tinha dito na fase de qualificação que uma equipa com Fernando Torres e David Villa não podia ficar com o marcador em zero e estes dois avançados deram jus à alcunha “fúria espanhola”, causando todo o tipo de problemas à defesa da Rússia, por sua vez porosa como uma esponja.

Na primeira parte, as duas equipas apostaram num futebol de ataque. Aos 3’, Sergei Semak levou a bola no flanco esquerdo, cruzando com algum perigo. Aos 8’, foi a vez de Villa, da Espanha, falhar o alvo de cinco metros. Igor Akinfeev defendeu outro remate de Villa aos 14’, Rússia respondendo aos 16’ com um remate ao lado de Igor Semshov, duma posição perigosa.

Aos 20’, 1-0 para Espanha, em contra-ataque. Torres recebeu um passe longo, trabalhou a bola na área e fez o passe de morte para Villa, que bateu Akinfeev. Aos 22’, bola no poste na baliza espanhola com Iker Casillas vencido. Foi o excelente Yuri Zhirkov o infeliz, demonstrando porém que a Rússia ainda tinha soluções.

Aos 23’, Akinfeev defendeu um remate certeiro de Fernando Torres e o jogo entrou numa fase de ataques construídos, nenhum dos lados criando grande perigo mas não abdicando do ataque. Aos 41’, porém, Roman Pavluchenko, de livre aos 28’, enviou a bola contra a barra mas o árbitro tinha apitado por falta.

Espanha fechou a primeira parte com Villa bisando, também por contra-ataque, desta vez alimentado por Andrés Iniesta.

A Rússia entrou na segunda parte com Vladimir Bystrov a substituir Dmitry Sychev. Aos 50’ o remate de cabeça do novo jogador foi colhido por Casillas e os milhares de russos na multidão, apoiando vociferante a sua selecção (“Rossiya! Rossiya!”) ficaram com grandes esperanças.

Aragonês substituiu Torres pelo médio Cesc Fàbregas e Hiddink respondeu, tirando Semshov e enviand Dmitry Torbinsky para o campo.

Aos 57’, Villa esforçou Akinfeev a mais uma defesa; Rússia respondeu com um remate de Diniyar Bilyaletdinov, que saiu ligeiramente ao lado aos 59’. Aos 61’, Silva, isolado, viu seu remate bloqueado pela defesa russa. O jogo voltou ao ataque-ataque.

Iniesta foi substituído por Santi Cazorla aos 62’ e dois minutos mais tarde, o diabólico Villa obrigou Akinfeev a mais uma intervenção de classe. Dois minutos mais tarde, foi a vez de Anyukov tirar a bola dos pés do mesmo avançado e aos 66’, Marcos Senna viu a grande qualidade do guardião russo.

Aos 68’, Roma Pavluchenko começou a exibir mais perigo, chutando certeiro de uma posição de perigo (Casillas defendeu) mas estava sozinho. Bystrov, totalmente anulado, e daí retirando opções a Hiddink, foi substituído por Roman Adamov aos 69’. Pavluchenko testou Casillas outra vez aos 71’.

3-0, hat-trick de Villa aos 74’. Recebendo um passe fundo de Fabregas, tirou Shirokov do jogo na área. Anyukov chegou dois segundos tarde demais e Villa rematou para o fundo da baliza. Alonso substituiu Silva aos 76’.

A Rússia perdia por 3 bolas a 0 mas ainda não estava derrotada. Torbinsky enviou a bola ligeiramente por cima aos 79’ de ponta-pé livre e aos 80’, Pavluchenko rematou ligeiramente ao lado, de longe. Aos 86’, o crescente perigo deste avançado russo traduziu-se em golo, enviando a bola para o fundo da rede, convertendo o canto com um remate de cabeça fortíssimo. 3-1.

Espanha tremeu, Rússia crescia.

Semak conseguiu não marcar o segundo aos 89’, dentro da área e frente a Casillas, rematando à figura e em outra contra-ataque relâmpago, Espanha marcou o quarto golo – fora de jogo – por Fabregas.

Espanha junta-se a Holanda, Portugal e Itália (esperem para ver) como uma das grandes equipas desta prova. A jovem equipa russa sai vencida mas não derrotada. Faltam dois jogos para acertar mais nos passes e tornar a defesa mais eficaz.

Olga KUZNETSOVA

PRAVDA.Ru

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