O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a comemorar na sexta-feira (27) o bom desempenho da economia, com destaque para reajuste do salário mínimo e o aumento real da renda do trabalhador em 2005, segundo pesquisa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas lembrou que nada disso teria valor se a inflação não estivesse sob controle.
O importante é aumentar o salário mínimo sem permitir que a inflação volte, afirmou Lula em Castilhos, interior de São Paulo, onde lançou uma linha de crédito habitacional para 12 mil famílias assentadas no Estado. Segundo ele, quando a inflação sobe, quem paga são as pessoas pobres.
Nós sabemos que inflação baixa é dinheiro no bolso da parte mais pobre do povo brasileiro, afirmou.
O presidente também lembrou na queda histórica nos índices de desemprego, igualmente apontada pela pesquisa do IBGE. E disse que os bons indicadores não surgiram por milagre, mas devido ao trabalho de seu governo.
A pesquisa do IBGE constatou que o número de desempregados nas seis principais regiões metropolitanas do país diminuiu de 2,131 milhões em novembro para 1,840 milhão em dezembro. É o menor índice desde 2002, quando o cálculo começou a ser feito nas bases atuais. Pela primeira vez, o resultado mensal ficou abaixo da faixa de 2 milhões de pessoas.
O IBGE detectou ainda aumento no rendimento médio da população ocupada que avançou 1,8% em relação a novembro, situando-se em R$ 995,40. No acumulado do ano, a renda cresceu 2%. Este é o primeiro crescimento desde 1997.
"É tudo que nós queremos. Agora, ninguém pode fazer isso por milagre. Isso tem que ser construído e nós estamos construindo com muita tranqüilidade", afirmou Lula, que destacou também o ineditismo do acordo feito com as centrais sindicais para o reajuste do mínimo.
O presidente aproveitou para defender a política econômica e a forma como as decisões são tomadas para que a economia mantenha a rota de crescimento. "Se a gente ficar tomando decisão por manchetes de jornais, por discurso de oposição ou por palpiteiros, não se faz nada", declarou, em entrevista coletiva.
Ele disse ainda estar disposto a comparar a administração da economia do País durante seu mandato com os de outros presidentes nos últimos 50 anos.
"Se quiser comparar na questão econômica, pode escolher as décadas de 50, 60 ou 70 e vai verificar que nunca teve, em momento algum na história econômica do Brasil, outro (governo) que tivesse tantos fatores positivos combinando entre si o crescimento econômico, a geração de empregos e o aumento de renda", argumentou.
Segundo ele, é preciso que a administração atual tenha tranqüilidade. "O País está bem cuidado, numa situação privilegiada interna e internacionalmente".
PT
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