"Salário de trezentos e cinquenta reais é uma vergonha nacional"
O presidente do Conselho Federal de Economia (COFECON),Synésio Batista da Costa, fez duras críticas à proposta do governo em corrigir o valor do salário mínimo para apenas R$ 350,00, hoje, durante entrevista para a rede internacional de notícias Bloomberg Televison.
Segundo o presidente do COFECON, o anúncio nada mais é do que "a intenção de se criar um impacto psicológico de ganho salarial, o que não é verdade, já que esse reajuste não tem influência direta no aumento de salários dos trabalhadores.
Synésio Batista da Costa defende um crescimento radical do poder aquisitivo dos trabalhadores brasileiros como o principal mecanismo de crescimento da economia nacional, apoiado num projeto de geração de emprego que restabeleça a dignidade dos cidadãos.
O que precisamos é um choque de gestão para que haja um real aumento nos salários, com mais empregos e crescimento econômico. Trezentos e cinqüenta reais não permeiam a saúde econômica da população".
Para o presidente do COFECON, "definitivamente os brasileiros não suportam mais essa situação de estagnação, de medo, de falta de ousadia para crescer. Nós, economistas, temos uma visão muito clara de que neste momento não há risco de ocorrer algum processo de inflação frente a um real e significativo aumento nos salários. A inflação não volta. Na verdade, quem tem feito inflação é o governo e não os trabalhadores, afirma.
Durante a entrevista em rede nacional, Synésio Batista da Costa criticou às políticas sociais que vinculam aumentos e reajustes ao salário mínimo: As políticas sociais são importantes, mas não devem significar a perenização da dependência do cidadão brasileiro, de impostos, de custos". E completou: "Basear um ganho salarial de um trabalhador brasileiro em R$ 350,00 é uma vergonha nacional.
Rita ARRUDA COFECON
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