Gustavo Tutuca: Rio 2016, prática esportiva é nosso maior desafio
Rio - Com a chegada ao Rio do maior dos símbolos olímpicos, a bandeira com anéis coloridos dos cinco continentes, a contagem oficial para os Jogos de 2016 começou. Até lá, será preciso finalizar obras de infraestrutura e mobilidade urbana, e, sobretudo, investir e ampliar a base esportiva, o principal desafio.
O ciclo olímpico começa quando se escolhe a cidade dos Jogos - no caso do Rio, isso se deu 2009. Como o país-sede tem que competir com atletas em todas as modalidades, o COB deveria ter se programado para pôr isso em prática em Londres. Seria um bom teste, mas não aconteceu. Enfim, perdemos tempo, a despeito das 17 medalhas que conquistamos em solo britânico.
Pequim é um bom exemplo de investimento esportivo. Em 2000, quando ganhou o direito de sediar os Jogos de 2008, a China, que em Sydney conquistara uma medalha de ouro, criou o Projeto 119, cuja meta era alcançar 119 medalhas. O governo mapeou a prática dos esportes olímpicos no país, identificando as modalidades individuais em que poderia ser campeão.
A partir daí, o projeto foi implantado nas escolas, ampliando, assim, a base do esporte. Os resultados estão nas Olimpíadas de 2008 e nas de 2012. Londres fez algo parecido, e com sucesso semelhante.
O Rio tem o mapa esportivo do estado, elaborado pela Uerj em parceria com o Fórum de Desenvolvimento da Alerj. Só que falta investimento, e muito.
Piraí, por exemplo, consegue manter a Escola de Ginástica de Trampolim, mas ainda é pouco. O governo precisa entrar de forma maciça nesse processo. A contagem regressiva para 2016 já começou. Resta saber se haverá tempo para brigarmos por uma posição honrosa no quadro de medalhas dos Jogos do Rio.
Gustavo Tutuca é deputado estadual pelo PSB
Publicado no Jornal O Dia
Enviado à Pravda.Ru pelo autor
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