SAID ABBAS: A HISTÓRIA DE UM PALESTINO, HÁ UM ANO EM SÃO PAULO

Sonhar com uma pátria livre, onde há liberdade e de direito para todos os árabes. Mas esse sonho tem se prolongado por meio século há 55 anos os palestinos esperam pelo Estado da Palestina sem a ocupação de Israel.

Muitos palestinos por mais que o amor a sua pátria seja forte e grandioso, simplesmente desistem de esperar pelas autoridades, não somente pela Autoridade Palestina que é muito frágil em comparação com a direita omissa e radical de Israel, apoiada pelos EUA. Por conhecerem esses fatos, muitos resolvem sair da Palestina. Alguns escolhem países vizinhos árabes, como a Jordânia, o país concentra um grande numero de palestinos, tanto é que alguns líderes israelenses usam esse fato para dizer que a Palestina é a Jordânia.

Existem ainda palestinos que escolhem viver bem longe do Oriente Médio: Europa, América, Ásia. Essa foi a opção de Said Abbas.

Said Abbas, há 14 anos vive no exterior, já morou na Argentina e no sul do Paraguai, atualmente ele está há um ano em São Paulo, no Brasil. Ele saiu da sua terra natal sozinho, sua família ficou na Palestina.

Apesar de estar todo esse tempo fora, Said Abbas, deseja voltar à sua pátria.

Said Abbas, até o ano de 2001, residia no sul do Paraguai. Foi no Paraguai, que montou seu pequeno negócio; uma lojinha de roupas. Said, também tinha muitos amigos e companheiros árabes.

A lojinha resistiu até o mês de setembro de 2001.

Exatamente, dez dias depois do 11 de setembro, Said foi acusado pela polícia do Paraguai de estar envolvido com o terrorismo internacional. O motivo da prisão para Said, é porque é Palestino. Said foi preso injustamente junto com 13 libaneses.Foi acusado de ser o chefe do grupo Hamas na América do Sul.

Segundo Said, a policia do Paraguai, invadiu sua loja de roupas com metralhadoras e até granadas.

“Eles chegaram de capuz para não mostrar os seus rostos, destruíram minha loja, levaram meu dinheiro e me prenderam. Perguntei porque estavam me prendendo?. Eles disseram que eu era terrorista.”

Said ficou dois meses preso, foi libertado porque não provaram nada contra ele, mas perdeu sua loja porque teve que pagar as despesas com advogado, e decidiu deixar o Paraguai para morar em São Paulo, no Brasil.

Há um ano em São Paulo, na região da 25 de março, que concentra um grande numero de árabes, Said está empregado em uma loja que vende batas indianas. É empregado, porque não sobraram recursos para abrir um negócio no Brasil.

Said é um homem atencioso e um palestino que ama sua pátria. Nacionalista declarado, ele fala com amor da sua terra natal.

Acompanha as notícias do Oriente Médio, via televisão, mas segundo ele, os jornais são tendenciosos. “Há uma cobertura dos ataques terroristas, mas o lado palestino não é mostrado”.

Segundo ele, Sharon é um nazista que ataca civis de avião. Ele fala todo contente que 27 pilotos israelenses, se recusaram a obedecer às ordens de Sharon. Said ainda disse: meu coração está doente, porque meu povo morre todo dia.

Said ignora a barreira israelense: “O Hamas e o Jihad Islâmico vão destruir aquele muro, nossos homens atacaram Israel. Se não fosse por eles, Israel já teria ocupado totalmente a Palestina.”

Como todo Palestino, ele fala com amor do líder Yasser Arafat. Ele deseja voltar à Palestina, e lutar contra a opressão israelense.

O que consola Said, é que existe o dia do Juízo do qual os israelenses e os EUA não vão escapar.

“Eles serão julgados por Alá, os palestinos não estão sozinhos, Deus está connosco, com nosso povo”.

Sobre os ataques terroristas ele é enfático: Eles atacam o Hamas, só queremos que saiam da nossa terra”.

Said acredita em um possível Estado Palestino soberano e sonha todos os dias com isso. Para conceder a entrevista a Pravda Ru, Said foi relutante, ele achava que eu estava a serviço da Mossad israelense ou da CIA. Mas no fim, ele acabou aceitando, desde que seu nome fosse mantido em sigilo.

Agora, perguntamos quem será que é o verdadeiro terrorista?. O Hamas ou Sharon? Esse palestino, é vítima da propaganda negativa feita do mundo árabe por Israel e EUA. Vive amedrontado com medo de ser preso, isso porque está no Brasil, imagine seus irmãos que estão na Palestina ou em países que são opressores.

Michele Matos PRAVDA.Ru SÃO PAULO BRASIL

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