Sendo o Estado a transferir essa verba, sem custos adicionais, o contribuinte não gastará mais por beneficiar esta causa. Não pagará mais imposto nem, se for caso disso, receber menos devolução. Trata-se apenas de uma alteração do destino do imposto, que segue para a instituição e não para o Estado.
Para contribuir basta que no Modelo 3 - Anexo H - Benefícios fiscais e deduções, no Quadro 9, campo 901 - Consignação de 0,5% do Imposto Liquidado, se escreva: Federação Portuguesa dos Banco Alimentares Contra a Fome, NIPC - 504 335 642.
Alguns dados relativos à actividade
Os Bancos Alimentares Contra a Fome seleccionam e acompanham em permanência Instituições de Solidariedade Social, que distribuem os géneros alimentares. Incentivam as visitas domiciliárias e o seguimento muito próximo e individualizado de cada pessoa ou família necessitada, de forma a ser possível efectuar, em simultâneo, um verdadeiro trabalho de inclusão social.
Durante todo o ano, os Bancos Alimentares Contra a Fome estão em actividade. Além das campanhas de recolha em supermercados, organizadas duas vezes por ano, recebem diariamente excedentes alimentares doados pela indústria agro-alimentar, por agricultores, por cadeias de distribuição e por operadores dos mercados abastecedores. Estes produtos alimentares, que muito provavelmente seriam destruídos, são, deste modo, aproveitados. A recolha é feita local e nacionalmente, respeitando as normas de higiene e de segurança alimentar.
Assim, além combaterem de forma eficaz as carências alimentares, os Bancos Alimentares Contra a Fome lutam contra o desperdício e o consumismo, tão comuns na nossa sociedade.
Em 2007, foram apoiadas com alimentos mais de 245 mil pessoas comprovadamente carenciadas através das 1630 instituições às quais foram distribuídas 19.919 toneladas de alimentos pelos catorze Bancos Alimentares Contra a Fome operacionais. Este volume traduz-se num movimento médio de 79,7 toneladas por dia útil e equivale a um valor global estimado superior a 25.955 milhões de euros.
A actividade dos Bancos Alimentares norteia-se pelo princípio genérico da "recolha local, ajuda local", aproximando os doadores dos beneficiários, permitindo uma proximidade entre quem dá e quem recebe. Por um lado, possibilita o encontro entre voluntários e instituições beneficiárias e, por outro, entre fornecedores da indústria agro-alimentar, empresas de serviços, poderes públicos e o público em geral. Isto acontece, em especial, durante os fins-de-semana das campanhas de recolha, em que todos trabalham lado a lado a favor da mesma causa: a luta contra as carências alimentares e a fome.
Fomentar o acompanhamento individual e a inclusão social
A acção dos Bancos Alimentares Contra a Fome procura concretizar uma ajuda alimentar de qualidade, por via de um melhor equilíbrio nutricional dos produtos distribuídos e pelo desenvolvimento de formas diferentes de acolhimento das pessoas carenciadas pelas instituições apoiadas.
Em 1992, nasceu em Portugal o primeiro Banco Alimentar Contra a Fome, seguindo o modelo dos "Food Banks" norte americanos, na época já implantado na Europa, em França e na Bélgica. Actualmente, estão em actividade no território nacional 14 Bancos Alimentares, congregados na Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares. Existem 202 Bancos Alimentares operacionais na Europa, os quais distribuíram, em 2006, 274 000 toneladas de produtos a 4,3 milhões de pessoas, através de 25 000 associações (www.eurofoodbank.org).
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Para mais informações, contactar:
Banco Alimentar Contra a Fome: 91 900 02 63 / 21 364 96 55 - www.bancoalimentar.pt
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