Segundo a Folha Online, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera próximo da estabilidade nesta segunda-feira, após ter ficado com alta durante toda a manhã. A deterioração dos índices das Bolsas americanas colaboraram com a devolução dos ganhos das primeiras horas de negociação.
O Ibovespa (Índice Bovespa), principal indicador da Bolsa paulista, aponta leve alta de 0,04%, aos 59.390 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,68 bilhões, com cerca de 130 mil negócios realizados.
Já o dólar comercial é vendido a R$ 1,607, queda de 0,06%.
Depois de ter caído 7,7% ao longo da semana passada, os investidores iniciaram o dia indo às compras, encorajados pelo bom desempenho das Bolsas americanas. Porém, no início da tarde Wall Street passou a operar em baixa, levando consigo o mercado acionário brasileiro.
O índice Dow Jones tem recuo de 0,87%, aos 11.190 pontos, enquanto que o Nasdaq Composite perde 0,99%, a 2.223 unidades.
A mudança de humor veio após um discurso da diretora regional do Fed (o BC americano) em San Francisco, Janet Yellen. Segundo ela, os problemas envolvendo o mercado imobiliário e o setor financeiro causados pela crise do crédito de alto risco ("subprime") pode causar mais estragos antes da recuperação da economia americana.
Com o discurso, as ações do setor financeiro começaram a cair, levando os principais índices junto.
Antes, o mercado americano estava em terreno positivo essencialmente por causa do preço do petróleo, que indica forte queda hoje. Na Nymex, o preço do barril de petróleo leve WTI para entrega em agosto é de US$ 141,32 --queda de 2,73%.
Porém, ainda não há indicações convincentes de que o preço da commodity seguirá em queda, o que mantém os investidores atentos. Ontem, o presidente da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Chakib Khelil, disse que os preços do petróleo vão continuar subindo em razão da queda do dólar. "Os preços do petróleo vão subir mais nas próximas semanas. Temos que seguir a evolução do dólar, porque uma baixa de 1% do dólar significa US$ 4 a mais nos preços do petróleo", afirmou.
Um dos efeitos da alta do petróleo sobre a economia, o avanço da inflação, segue como um dos grandes temores dos analistas, inclusive no Brasil.
Na pesquisa semanal Focus, do Banco Central, eles elevaram novamente suas previsões para a inflação em 2008. A expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve fechar o ano a 6,40%, acima dos 6,30% esperados até a semana passada. Se confirmado, o indicador ficaria acima do centro da meta de inflação para esse ano, que é de 4,5%, mas ainda dentro do teto da meta, de 6,5%.Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter