Segundo o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a operação policial realizada ontem na favela do Alemão , no Rio é só o começo. "A polícia não tem condições de fazer intervenções em todos os morros do Rio todos os dias. Definimos que começaríamos pelo Alemão porque os índices de criminalidade dessa região são muito grandes. Também faremos operações em outras favelas, mas é a Inteligência que vai definir a data e local dessas ações", afirmou.
Enquanto isso os moradores do complexo de favelas do Alemão,teriam apontado que apenas nove dos 19 mortos durante a megaoperação policial, teriam envolvimento com a criminalidade. Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, Marcelo Freixo (PSOL) - que conversou com uma comissão de moradores locais - os outros dez mortos na operação seriam inocentes, escreve Estado de São Paulo.
O subsecretário de Inteligência, Edval Novaes, confirmou que está em andamento um levantamento de informações sobre várias áreas da região metropolitana e que o serviço acompanha a movimentação das outras facções criminosas que atuam no Rio. No entanto, Beltrame não revela em que outras áreas pretende atuar. "Trabalhar contra o Comando Vermelho não é a única coisa que estamos fazendo. Isso é apenas uma parte. Nossa visão é muito maior do que o CV", disse o secretário ao Estado.
Para a secretaria, outras facções são consideradas menos ofensivas. Beltrame acredita que o cerco ao Alemão está provocando o enfraquecimento do CV, a maior facção criminosa do Rio, em outras regiões e um sinal disso, aponta, é a série de tentativas recentes de invasão a áreas do CV, como o Morro do Chapéu Mangueira, na zona zul, Vigário Geral, na zona norte, e Fallet, no Centro.
Beltrame disse ter certeza de que os mortos durante a operação foram baleados no enfrentamento com a polícia..
Ele afirmou que o surgimento de corpos numa van na noite de ontem, é sinal disso. "Se fossem só moradores, as famílias não teriam motivos para não procurar a polícia e pedir ajuda", afirmou. Segundo ele, um dos quatro presos na megaoperação é um importante gerente do tráfico do Alemão, uma espécie de tesoureiro, mas não revelou o nome.
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