O calor matou em Portugal no Verão passado 1259 pessoas, a maioria com mais de 75 anos. Foi o quinto ano mais quente desde 1931.
Estes são os dados provisório apresentados ontem pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), segundo Diário de Nitícias. E o diagnóstico volta a apontar no mesmo sentido: quem morre com o calor são os idosos, que vivem sozinhos ou em lares, e que não chegam a tempo às unidades de saúde.
Apesar de, no ano passado, os registos dos óbitos nas conservatórias terem apontado para mais de mil mortos em relação àquilo que seria de esperar para a época, a DGS recusa que o plano de contingência para as ondas de calor esteja a falhar. Criado em 2003, após o verão quente que resultou em três mil mortos, este plano tem vindo a ser aperfeiçoado a cada ano.
Se a mortalidade superou o milhar, esses números não tiveram reflexo na procura de cuidados de saúde. A linha de saúde pública, que recebe os pedidos de ajuda, manteve a média de cem chamadas por dia e, nas urgências, apenas no período das ondas de calor ocorreu um ligeiro acréscimo, não superior a 12%.
A climatização nos hospitais e centros de saúde também continua a ser "uma grande dificuldade" identificada pela DGS, já que muitas destas unidades ainda não têm forma de fazer baixar a temperatura.
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