Crescimento ocorreu na série ajustada, em relação a setembro de 2006. Em relação a outubro de 2005, houve alta de 4,8%, acumulando crescimento de 2,9% no ano.
Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Brasil Fonte IBGE
Base: Outubro de 2006
Crescimento ocorreu na série ajustada, em relação a setembro de 2006. Em relação a outubro de 2005, houve alta de 4,8%, acumulando crescimento de 2,9% no ano.
Em outubro, o índice da produção industrial ajustado sazonalmente cresceu 0,8% frente a setembro de 2006, fazendo com que o patamar volte a se aproximar do nível recorde atingido em agosto deste ano. O acumulado nos primeiros dez meses do ano ficou em 2,9%. O acumulado nos últimos doze meses (2,7%), registrou aceleração frente aos resultados de setembro (2,3%) e de agosto (2,2%).
Para esta alta em outubro frente a setembro de 2006, contribuíram doze dos vinte e três ramos que têm série ajustadas sazonalmente. Entre as indústrias que aumentaram a produção, o movimento de maior importância para o resultado global veio de veículos automotores (6,2%), que cresceu após o recuo de 9,0% em setembro. Também exerceram pressão positiva significativa os ramos de outros produtos químicos (1,7%), farmacêutica (3,5%) e de máquinas e equipamentos (1,8%). Por outro lado, as principais contribuições negativas sobre a média global da indústria vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-10,3%), após crescimento de 15,9% em setembro, e refino de petróleo e produção de álcool (-3,7%), que assinala o seu quarto recuo consecutivo, período em que acumulou perda de 9,4%. Vale, ainda, citar as quedas observadas em bebidas (-3,0%) e alimentos (-0,7%).
Todas as categorias de uso apresentaram crescimento em relação a setembro, e a de bens de consumo duráveis (3,2%) alcança a taxa positiva mais elevada, após expressiva queda de 4,1% observada em setembro. O setor de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,4%), que também aponta expansão, assinala a segunda taxa positiva consecutiva, avançando 0,6% entre outubro e agosto últimos. A produção de bens intermediários (-0,2%) e a de bens de capital (-1,6%) novamente registram recuo, acumulando nos últimos dois meses perdas de 2,3% e 2,7%, respectivamente.
Em relação a outubro de 2005, a produção teve alta de 4,8%, maior resultado desde março deste ano (5,3%). Vinte e duas das vinte e sete categorias pesquisadas cresceram, e vale ressaltar, neste resultado, a influência de um dia útil a mais em outubro de 2006. Os maiores impactos positivos sobre a média geral vieram de máquinas e equipamentos (11,2%); máquinas para escritórios e equipamentos de informática (44,3%); edição e impressão (13,0%); e veículos automotores (5,9%). Nestes ramos, os produtos de maior destaque foram, respectivamente: centros de usinagem e refrigeradores; computadores e monitores; livros e revistas; e automóveis. Em sentido oposto, entre as indústrias que apontam queda na produção, refino de petróleo e produção de álcool (-6,5%) foi a que mais pressionou a taxa global.
Ainda em relação a outubro de 2005, todas as categorias de uso registram taxas positivas, com destaque para bens de consumo duráveis (12,0%) que assinala expansão a dois dígitos, a primeira dos últimos seis meses. Nas demais categorias, as taxas foram: bens de capital (9,3%), e bens de consumo semiduráveis e não-duráveis (5,4%), acima da média nacional (4,8%), e bens intermediários (1,8%), abaixo da média nacional.
No indicador acumulado no ano, frente a igual período de 2005, o crescimento total da indústria foi de 2,9%, com 21 atividades apontando aumento na produção. A fabricação de máquinas para escritórios e equipamentos de informática (52,6%) mantém a liderança em termos de impacto sobre o índice geral, cabendo aos itens computadores e monitores os maiores destaques. Outros impactos positivos relevantes vieram da indústria extrativa (7,1%), sobretudo em função da expansão na extração de minérios de ferro e petróleo, e dos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,4%); e alimentos (2,1%), onde se destacam os itens transformadores e açúcar cristal, respectivamente. Entre as atividades que mostraram queda, as de maior relevância foram outros produtos químicos (-2,0%), madeira (-7,2%) e vestuário (-5,3%).
Todas as categorias de uso registram crescimento, no período janeiro-outubro, com destaque para bens de consumo duráveis (6,9%) e bens de capital (5,5%), que lideram a expansão ao longo de 2006. A produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (2,9%) cresce igual à média da indústria, enquanto bens intermediários, embora aponte expansão de 2,0%, é o único setor com desempenho abaixo da média.
A sustentação do ritmo industrial ao longo de 2006, pode ser atribuída a fatores como o desempenho exportador observado em alguns setores produtores de commodities; o aumento da produção automobilística, impulsionado sobretudo pela evolução da demanda interna; o crescimento da produção de bens de capital, especialmente nos segmentos de informática e de equipamentos elétricos; e o comportamento positivo de ramos mais atrelados à evolução da massa salarial e menos sensíveis às importações. Por outro lado, os recuos mais importantes vêm de semiduráveis (calçados e confecções) e da indústria da madeira.
O avanço de 0,8% da produção industrial em outubro frente a setembro, leva oíndice de média móvel trimestral a manter suave porém permanente trajetória de crescimento, alcançando seu maior patamar de produção. Desde abril passado esse índice apresenta discreto aumento frente o mês anterior, tendo acumulado neste período taxa de 1,5%. Segundo essa mesma comparação, no corte por categorias de uso, o setor de bens de capital assinala avanço de 2,9%, vindo a seguir bens intermediários (1,1%) e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,2%). O setor de bens de consumo duráveis (-2,9%) aponta clara desaceleração no período.
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Ricardo Bergamini
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