Detentos submetidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes (SP) - incluindo o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o Marcola - iniciaram ontem pela manhã uma greve de fome. O motivo, possivelmente, são as mudanças feitas nas celas depois das obras de reforma do presídio.
Agentes ouvidos na saída do expediente, no final da tarde de ontem, confirmaram o início da greve de fome.
De acordo com os agentes, dos cinco líderes da cúpula do PCC detidos no CRP apenas dois deles, Robson Lima Ferreira, o Marcolinha, e Orlando Mota Junior, o Macarrão, aceitaram as refeições. Os agentes suspeitam que isso tenha ocorrido porque os dois deverão se tornar porta-vozes do movimento.
Outros líderes presos no CRP são, além de Marcola, Júlio César Guedes, o Julinho Carambola, e Roberto Soriano, o Betinho Soriano.
A suspeita é de que o movimento tenha sido idealizado por outro bandido famoso detido no CRP, o chileno Maurício Norambuena, seqüestrador do publicitário Washington Oliveto, que trabalha como uma espécie de consultor do PCC.
No entanto, os presos não quiseram falar sobre o movimento. Perguntamos a eles por que estavam se recusando a se alimentar e eles disseram que vamos saber disso através da imprensa, que deverá receber mensagens deles nos próximos dias, comentou um dos agentes.
Na última quarta-feira os presos voltaram a ocupar as celas reformadas e teriam ficado revoltados com as mudanças. 25 deles, que haviam sido transferidos para o CRP de Avaré, voltaram a Presidente Bernardes no final de outubro, mas também só foram para as novas celas na última quarta-feira.
Agência Estado
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter