Em dois anos de Governo PS, com o Orçamento de Estado para 2006 e agora com a proposta para 2007, o PIDDAC (Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central), para o distrito de Coimbra desceu cerca de 40%. Por isso Os Verdes questionam: Como podem estar os dirigentes regionais do PS satisfeitos com este orçamento?
Crer que Coimbra e os seus cidadãos estejam contentes com este orçamento, porque ele, apesar de cortar no investimento estatal no distrito, sobe 26% no que diz respeito ao concelho de Coimbra, esquecendo-se de analisar a quebra de mais de 50% no investimento que abarca mais do que um concelho do distrito, mas que lesa o próprio concelho de Coimbra (caso do Metro Mondego e de muitas vias rodoviárias), não é no mínimo razoável.
Os Verdes consideram que na entrada de um novo Quadro Comunitário de Apoio e consequentemente, aspirações legítimas de novos investimentos, o distrito perder cerca de 20 milhões de euros é preocupante, numa região onde o desemprego não tem parado de crescer.
Os Verdes recordam que o distrito representava 3,48% do investimento inscrito em PIDDAC em 2006 e na proposta apresentada para 2007 apenas representa 2,99%.
À excepção da variante sul de Coimbra do IC2 e do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, não há novidades de investimento para Coimbra.
Em relação ao Conservatório de Musica de Coimbra e ao Palácio de Justiça, as verbas inscritas são de tal forma insignificantes que pouco permitem fazer.
A agravar a esta falta de novos investimentos em PIDDAC, acresce ainda a descida de verbas em outros que tardam em avançar, como é o caso do novo Estabelecimento Prisional de Coimbra, que em PIDDAC de 2006 dispunha de 550 mil euros e em 2007 já só traz 80 mil euros.
O novo Hospital Pediátrico de Coimbra e o Metro Mondego continuam a arrastar-se ao longo dos PIDDACs, este último com possibilidades de ver o seu nome inscrito no livro dos recordes (Guiness book) pelo número de anos consecutivos inscrito em PIDDAC sem qualquer obra iniciada.
Muitas são as obras, importantes para o distrito, que continuarão à espera de dotação orçamental para que um dia possam ser uma realidade, como é o caso: da escada de peixe na ponte do açude; da ciclovia do Mondego; da remodelação da estação de Coimbra B; do IC7 e IC37, bem como parte do IC6, todos escritos no Plano Rodoviário desde 1998; mas também nada se vê em relação à nova Sede da Polícia Judiciária; às futuras Estações de Tratamento Mecânico/Biológico de Resíduos Sólidos Urbanos para a área abrangida pela ERSUC; à requalificação ambiental de Souselas, à requalificação das infra-estruturas do estádio Universitário de Coimbra etc.
Por tudo isto Os Verdes consideram que o PIDDAC previsto para 2007 coloca em causa as legítimas aspirações de desenvolvimento do concelho e do distrito de Coimbra.
À semelhança de orçamentos anteriores Os Verdes voltarão, na Assembleia da República, a apresentar algumas propostas de investimentos a incluir em PIDDAC para o distrito, as quais serão oportunamente divulgadas.
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