Por Bruno Zornitta, Rede Nacional de Jornalistas Populares (Renajorp)
Cerca de 100 famílias de sem tetos ocupam, neste momento, o prédio da Avenida Francisco Bicalho, número 49, próximo à Rodoviária Novo Rio, no Rio de Janeiro.
Uma parte dos ocupantes entrou no prédio na noite de sexta-feira e outra parte ontem. Trata-se das mesmas famílias que ocuparam um prédio na Rua Estrela, no Rio Comprido, no último dia 2 de julho.
O prédio pertence à Companhia Docas do Rio de Janeiro e, segundo um dos ocupantes, encontra-se "totalmente destruído" em seu interior. "Deve estar abandonado há, no mínimo, 15 ou 20 anos. Está tudo quebrado", diz Pedro.
Por volta das 8h, dois carros da Polícia Militar, outros dois da Polícia Federal, além de 20 seguranças da Companhia Docas, permaneciam em frente ao prédio. Eles proibiram a entrada de alimentos na ocupação, segundo relatou um dos ocupantes.
Os sem teto esperam agora a chegada de seu advogado ao local. Eles reivindicam negociar com o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (Iterj) uma saída para a situação de moradia dos ocupantes. À época da ocupação no Rio Comprido, o Iterj cadastrou as famílias e prometeu dar uma solução para o problema, mas nada fez até o momento.
Os movimentos de apoio aos sem teto encontram-se em estado de vigília permanente, em frente ao edifício ocupado, e pedem que os simpatizantes da causa compareçam ao local para manifestar solidariedade.
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