Outubro 18, 2010
Apenas metade dos portugueses costumam fazer poupanças e destes cerca de 20 por cento admite que o faz a pensar no futuro, aplicando os recursos numa conta a prazo ou noutra aplicação financeira.
É o que revelam os resultados preliminares do inquérito à literacia financeira da população portuguesa que foram divulgados, esta segunda-feira, pelo Banco de Portugal.
Para Carlos Costa, governador do regulador bancário, trata-se de um número poupado: «É pouco, significa que há uma grande parte dos que poupam com uma perspectiva sobretudo de médio prazo e de vir a consumir. Não poupam para criar uma base de capital, de riqueza».
Quanto à metade que confessa não pensar em poupanças a grande maioria, 88 por cento, diz que não o faz porque não ganha o suficiente.
«Não poupar significa tornar-se vulnerável perante o futuro, tornar-se vulnerável perante circunstâncias adversas», realça.
Os dados do inquérito do Banco de Portugal indicam ainda que no campeonato da poupança os portugueses ficam muito abaixo na tabela.
Se compararmos com os 58 por cento da Holanda, os 71 por cento da Nova Zelândia ou os 82 por cento da Austrália um dos países que mais poupa.
Outros resultados deste trabalho indicam ainda que 11 por cento dos inquiridos não tem conta em nenhum banco e dos que têm 40 por cento não sabe que encargos estão associados à sua conta bancária.
http://jdei.wordpress.com/2010/10/18/precariedade/
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