Definitivamente, vivemos em tempo de guerra. A arma mais potente que as forças conservadoras utilizam pelo mundo é a contrainformação, a desinformação, a estupidificação e hipnose das massas, o que coloca a mídia mundo afora como "braço desarmado" a serviço do capital internacional, dominado por muito poucos países, aos quais interessa um absoluto controle dos recursos de toda o planeta (sua crosta e talvez mais...).Esta postagem mostra uma pincelada sobre o assunto, uma vez que o governo progressista no Brasil, deposto por um golpe "feito à facão", caminhava a largos passos para um alinhamento com as novas forças que se levantam - forças econômicas, bélicas, científicas - representadas pela Rússia e China, por exemplo.
Clarissa Fuentes*
A consolidação do BRICS representa a possibilidade concreta da quebra da hegemonia de quem sempre dominou o mercado internacional, fixando preços e determinando fluxos de consumo e de riqueza a seu "bel prazer".
A ofensiva contra o Brasil - " a menina dos olhos" da América Latina - resulta, por ora, vitoriosa. Um Congresso Nacional em estado de "sepse política" viabilizou o golpe de estado, colocando no poder não apenas o que há de mais antigo e fétido das lideranças oligárquicas nacionais, mas sobretudo, revelando lacaios a serviço do capital internacional.
Esta casta de crápulas vendidos estão entregando nossos recursos a uma velocidade estonteante, e bloqueando, impedindo e criminalizando todos os avanços científicos que conquistamos, todos os acordos de desenvolvimento estratégico com a Rússia e outros países, participantes do novo bloco econômico que surge.
Nossa soberania nacional, no momento, é um conceito, apenas. O que estamos vendo é o urgente atropelo de nossas possibilidades como nação, que nos atinge na infância política, surgida do difícil parto de uma democracia que vem sendo gestada através de séculos de dominação.Em terras brasileiras ainda não ocorreu a infiltração de exércitos mercenários, para quebrar tudo preparando a chegada do exército salvador estrangeiro? Depende do ponto de vista.
Há mais de cinquenta anos temos uma rede de televisão consolidada com capital estrangeiro que sempre foi uma fábrica moduladora de opiniões. Opiniões estas que se ajustaram, sustentaram e absorveram a ditadura militar. Atualmente temos uma legião de "Movimentos" plantados no seio da juventude brasileira, desapropriada de sua história, desconhecedora da cronologia política e sem referencial ideológico.
É muita luta pela frente, para quem quer , para quem tem fôlego, para quem tem ética, olhos de ver e , sobretudo, um imensurável amor pelo Brasil.Sou otimista, creio que vamos "virar a canoa", que vamos conseguir retomar a ascensão das forças progressistas do país, vamos retomar a nossa soberania e, mais do que isso, protagonizar uma história de desenvolvimento social e político, onde a dignidade humana se sobreponha e seja paradigma para o crescimento da Nação.
Nosso tecido social está vivo, apesar dos ataques, rasgões,atrofias e muitos outros problemas.Espero estar viva para ver isso. Sou tão otimista que acho que vou estar, pois a hora mais escura do giro planetário é, justamente, antes do amanhecer.
*Clarissa Fuentes é colaboradora de Pátria Latina
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