A Venezuela bolivariana resiste ao círculo de fogo do imperialismo!

Os comunistas revolucionários brasileiros sabem que não é possível ser contra as tentativas de golpe na Venezuela e na Argentina e fechar os olhos para as ações golpistas em nosso país. O futuro desses três vizinhos está ligado e seus povos devem eliminar qualquer fronteira em sua luta comum.

O círculo de fogo do imperialismo sobre a América Latina está se fechando e os povos de Nossa América tem pela frente a histórica tarefa de resistir e reverter esse quadro atual, preparando uma contraofensiva que sepulte de uma vez por todas as pretensões dos Estados Unidos de dominar todos os aspectos da vida social em nosso continente.

O Brasil, a Venezuela e a Argentina, os três países exportadores de petróleo, e as três maiores economias da América do Sul, com os respectivos PIBs de  US$2,246 trilhões de dólares, US$438,3 bilhões, e  US$ 609,9 bilhões de dólares são os alvos principais desta ofensiva. Mas, além de seu peso econômico, o que mais incomoda o imperialismo é o fato dessas nações terem se tornado espaços de bloqueio à penetração das políticas neoliberais no continente.

Na Venezuela, os lacaios do imperialismo, que se agrupavam em torno da coalização direitista MUD, foram totalmente desmoralizados e não puderam com o apoio popular à Revolução Bolivariana.

Porém, aproveitando a conjuntura internacional, de intensificação dos conflitos por todo o mundo, e de total desrespeito ao direito internacional e à soberania dos países, os Estados Unidos não se preocupam mais em vestir a máscara da democracia e decidiram assumir diretamente a direção da tentativa de golpe na Venezuela.

Recentemente o presidente "nobel da paz" Obama afirmou literalmente: "Temos que ter o exército mais poderoso do mundo e às vezes torcemos o braço de outros países para que façam o que queremos". Isso demonstra que há cinismo e hipocrisia de sobra para que os Estados Unidos busquem repetir a onda de sangrentos golpes que destruíram as experiências progressistas latino-americanas dos anos 60 e 70, como o governo socialista de Allende no Chile.

Graças aos 15 anos de Revolução Bolivariana, o bravo povo venezuelano sabe reconhecer quem são seus inimigos e está pronto para responder a todas as provocações da burguesia local e internacional.

O próprio Maduro fez uma última advertência aos empresários que promovem a guerra econômica: "Abandonem já todos os mecanismos de guerra econômica. A pátria necessita que se trabalhe por ela. Se você perceber que não pode aguentar as pressões do governos dos Estados Unidos, vá embora. Entregue essa empresa aos trabalhadores" (...) "Aos que fazem a guerra econômica, falo-lhes bem claramente. Nós somos venezuelanos, nosso plano é sempre viver nesta terra. Nosso destino é trabalhar por esta terra, está marcado. Abandonem o caminho da guerra econômica" (...) Não me subestimem. Tenho una missão que cumprir e vou cumpri-la, custe o preço que custar para se fazer a pátria".

Apoiamos todas as medidas já tomadas e as que venham a ser tomadas pela classe operária venezuelana, em conjunto com seu presidente operário, Nicolás Maduro, para, que, de uma vez por todas, o golpe seja combatido na sua raiz, com o fim da impunidade para os golpistas. A prisão do ultrarreacionário fascista Antonio Ledezma deve ser apenas um primeiro passo para que a justiça popular seja aplicada, de forma pedagógica e exemplar, contra aqueles que tantas mortes, sofrimento e dor causaram no seio das famílias trabalhadoras.

Enquanto a Venezuela é alvo do imperialismo, por ter a maior reserva de petróleo do mundo e por se tratar, graças ao legado de Chávez, do país sul-americano mais avançado em termos de políticas anti-imperialistas e revolucionárias, o Brasil, dado seu gigantesco peso geopolítico e econômico sempre recebe uma atenção especial das agências de espionagem dos Estados Unidos.

Os comunistas revolucionários brasileiros sabem que não é possível ser contra as tentativas de golpe na Venezuela e na Argentina e fechar os olhos para as ações golpistas em nosso país. O futuro desses três vizinhos está ligado e seus povos devem eliminar qualquer fronteira em sua luta comum.

Eles sonham em transformar nosso país em uma plataforma para agredir as outras nações que, seguindo o exemplo de Cuba Socialista, avançam na construção de um modelo próprio anticapitalista. Caberá à classe operária organizada transformar o sonho de dominação do império em um pesadelo para aquele que se atrever a tentar golpes em nosso continente.

Partido Comunista Marxista-Leninista (Brasil)

 

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey