Os aviões da Otan realizaram, nesta terça-feira (10), pelo menos oito bombardeios contra várias zonas de Trípoli, capital da Líbia. Enquanto isso, representantes de 25 conselhos tribais líbios receberam apoio político e financeiro de países árabes do Golfo Pérsico.
Segundo informações de porta-vozes oficiais e testemunhos de residentes de Trípoli, os ataques realizados nesta madrugada pela Otan foram contra áreas residenciais governamentais e civis, deixando quatro feridos.
A televisão estatal afirmou que quatro crianças sofreram lesões, duas delas, graves, por cristais quebrados quando os projéteis se chocaram contra um edifício do Alto Comissionado para a Infantaria, que no dia 30 de abril já havia ficado parcialmente destruído por outro bombardeio.
Outros bombardeios ocorreram próximo a televisão e a zona de Bab Al-Aziziyah, residência do líder Muamar Kadafi, onde há dias uma incursão militar dos aliados ocidentais provocou a morte de um filho e três netos do governo líbio.
Junto ao assédio por ar na capital da Líbia, intensificado nas últimas semanas, a Otan segue suas ataques contra posições do Exército leal a Kadafi na região das montanhas ocidentais, assim como nas proximidades de Zlitan, Zreik e Burgueya.
A televisão estatal assegurou que barcos do bloco atlântico bombardearam "objetivos civis e militares" em Mirastah, principal cenário bélico do oeste, e Zlitan, causando numerosas mortes e danos.
Por outro lado, 70 líderes dos 25 conselhos tribais agradeceram nos Emirados Árabes Unidos o apoio de países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) Pérsico ao que chamam de "fortalecimento da unidade das regiões e tribos" de sua nação.
A reunião ocorrida nesta segunda-feira em Abu Dhabi foi a primeira envolvendo representantes de tribos do sul, centro e oeste da Líbia, incluindo Sirte, terra natal de Kadafi, e mostrou respaldo "inequívoco" para a rebelião iniciada em 17 de fevereiro no norte da África.
Além de apoiar o opositor Conselho Nacional de Transição (CNT), pediram reconhecimento internacional e a entrega de armas avançadas para combater o governo e estabelecer uma "sociedade civil moderna".
Os líderes tribais viajaram ao Catar com a esperança de persuadir potenciais clientes para comprar mais petróleo líbio processado em zonas sob controle rebelde, logo que Doha comercializou um milhão de barris por 120 milhões de dólares.
Membros do chamado Grupo de Contato para Líbia prometeram a semana passada, em Roma, entregar aos rebeldes 250 milhões de dólares em ajuda, além de outros ativos congelados no exterior ao governo de Trípoli.
Fonte: Prensa Latina
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