Vários grupos de piratas somalis criaram um Comité Executivo para coordenar suas ações , escreve esta terça-feira Al-Shark al-Awsat, o jornal árabe publicado em Londres. Este organismo diretivo, integrado por oito membros e encabeçado por Mohamed Abdi Hayer, realizou uma reunião secreta de três dias de duração na cidade de Hararder, nas costas da Somália, escreve RIA Novosti.
Abdi Hayer é o fundador do primeiro grupo pirata que começou a operar nas águas territoriais da Somália. Há informações que, ao iniciar sua carreira de pirata, sequestrou um navio tanque petroleiro japonês e recebeu 400.000 dólares como resgate.
Durante algum tempo morava na Índia, onde tentou legalização de seus ingressos criminais. Com o nome de Abdi Hayer se vincula também o sequestro do superpetroleiro da Arábia Saudita "Sirius Star" com 25 tripulantes a bordo.
Este navio transportava dois milhões de barreles de crude o que representou uma quarta parte da produção diária de petróleo no país. Os expertos avaliam a carga em 100 milhões de dólares. O filho de Abdi Hayer, Abdelqader Mahmud, está supostamente envolvido em outro caso conhecido.
Se trata do sequestro do navio ucraniano "Faina" com tripulação de 20 pessoas , 33 carros de combate T-72 e outras armas a bordo. No novo órgão de comando, Abdelqader, responderá supostamente pelas comunicações entre diversos grupos piratas. Segundo os dados da ONU, no Golfo de Aden e no Índico registram-se este ano 120 atos de pirataria.
Os bandidos sequestraram 35 barcos comerciais e seus 600 tripulantes.
Apesar de patrulhamento de navios de vários países, inclusive russos, as ações dos piratas prosseguem com êxito. Os analistas russos acreditam que a pirataria nesse região continuará , se não resolverem os problemas de desemprego total no Sudão por causa da guerra em Darfur.
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