Durante os anos 1980, quando as tropas russas ocupavam o Afeganistão, a Agência Central de Inteligência - Central Intelligence Agency dos Estados Unidos mandava armas e material de guerra para os mujahidin afegãos. A CIA também proporcionava treinamento militar e suporte logístico para os mujahidin afegãos. Comerciantes de armas dos Estados Unidos, agentes da CIA e tropas secretas das Operações Especiais dos Estados Unidos estavam profundamente envolvidos em prestar assistência à resistência à ocupação russa.
Os mísseis antiaéreos de lançamento a partir do ombro Stinger que os Estados Unidos deram aos mujahidin possibilitaram aos mujahidin inverterem a tendência da batalha e finalmente derrotarem e expulsarem o Exército Russo do Afeganistão. O Afeganistão é importante centro de cultivo de ópio e, durante o conflito russo-afegão, o tráfico de heroína para fora do Afeganistão tornou-se importante atividade da CIA, que usou sua própria frota de aviões para embarcar a droga para a Europa. Quando eu estava em Nova Délhi em 1980, conheci jovens afegãos ansiosos por vender heroína e rifles de assalto AK-47 praticamente a qualquer pessoa, inclusive turistas aleatórios.
O material de guerra dos Estados Unidos para os mujahidin afegãos era canalizado através do Paquistão e, durante a ocupação russa do Afeganistão, o governo dos Estados Unidos e o governo paquistanês formaram sólida aliança. As armas, treinamento e suporte logístico que os Estados Unidos proporcionavam aos mujahidin afegãos eram também canalizados para terroristas treinados e apoiados pelo governo paquistanês e apoiados pelo governo e pela instituição militar do Paquistão para infiltrarem-se na Caxemira Indiana num esforço continuado de desestabilizar o controle indiano da Caxemira.
Depois que os russos saíram do Afeganistão, o Talibã, sediado no Paquistão, que havia sempre recebido seu principal apoio do governo paquistanês, tomou o poder no Afeganistão e formou o governo dominante ali até a invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos no final de 2001. O governo e a instituição militar paquistaneses abandonaram seu apoio aberto ao Talibã quando os Estados Unidos subornaram o Paquistão com muitos biliões de dólares em ajuda estadunidense militar e econômica logo antes da invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos.
A Al Qaeda, que em árabe significa 'a Base', era originalmente o nome que os chefes do escritório da CIA na Arábia Saudita deram à base de dados que criaram para manter informações a respeito de indivíduos e grupos aos quais o governo dos Estados Unidos estava fornecendo fundos destinados aos mujahidin afegãos durante a ocupação russa do Afeganistão.
Durante a ocupação russa do Afeganistão, Osama bin Laden era um dos organizadores dos mujahidin afegãos. Bin Laden trabalhava para ajudar a canalizar armas e suprimentos dos Estados Unidos para os mujahidin, e bin Laden ajudou a trazer combatentes estrangeiros sauditas e de outras nacionalidades para o Afeganistão a fim de ajudarem os mujahidin. No desempenho desses papéis, Osama bin Laden estava constantemente em estreita comunicação com a CIA, e bin Laden funcionava como agente, faz-tudo, aliado, ou empregado da CIA.
Osama bin Laden mais tarde ajudou a agenda dos Estados Unidos de dividir para conquistar nos Bálcãs, ao recrutar sauditas e outros combatentes estrangeiros para o Exército de Libertação do Kosovo durante os anos 1990. Os Bálcãs são um ponto de entrada para o tráfico de heroína na Europa, e a CIA, auxiliada pelos voluntários da Al Qaeda recrutados por Osama bin Laden, envolveu-se com heroína, armas, e tráfico humano ali.
O ex-Presidente dos Estados Unidos George H. Bush e seu filho, o atual Presidente dos Estados Unidos George Walker Bush, são amigos íntimos da família bin Laden desde os anos 1980. Os negócios da família bin Laden envolvem grandes projetos de construção pelo Oriente Médio, e o governo dos Estados Unidos e corporações dos Estados Unidos têm sido frequentes clientes dos bin Laden. No dia seguinte ao dos ataques de 11/9/2001 contra as Torres Gêmeas do World Trade Center em New York City e contra o Pentágono em Washington D.C., o Presidente George W. Bush autorizou a partida de membros da família bin Laden em vôos de volta à Arábia Saudita sem que os bin Laden fossem sujeitados a qualquer questionamento por agentes de inteligência ou do cumprimento da lei dos Estados Unidos.
Osama bin Laden nunca assumiu responsabilidade pelos ataques do 11/9 contra o WTC e o Pentágono, e autoridades do FBI dos Estados Unidos disseram que não arrolam Osama bin Laden como suspeito dos ataques do 11/9 porque "não dispõem de evidência suficiente de que Osama bin Laden estava envolvido nos ataques do 11/9." Desde o 11/9, diversos vídeos e fitas de áudio foram postados na Internet pretendendo mostrar Osama bin Laden, mas já se comprovou que todos eles foram forjados. O Presidente George W. Bush declarou publicamente: "Não me importo com Osama bin Laden" e Bush também descartou publicamente qualquer necessidade de encontrar ou capturar Osama bin Laden.
A Al Qaeda nada mais é do que um bicho-papão, um fantasma inventado para amedrontar crianças e pessoas ignorantes. A Al Qaeda é o inimigo invisível e inexistente que o governo dos Estados Unidos manufaturou para contar com uma desculpa para a interminável 'GuerraContra o Terrorismo', a qual é, na realidade, uma guerra de agressão dos Estados Unidos visante a domínio do mundo e dos recursos respectivos pelos Estados Unidos.
O governo dos Estados Unidos comete ataques de 'bandeira falsa' tais como os ataques do 11/9; as bombas em Bali, Madri, e Londres; e as recentes bombas e ataques na Índia como forma de criar uma falsa ameaça onde não existe ameaça real, criando um pretexto para os Estados Unidos entrarem em cena para 'resgatar' e 'proteger' outras nações contra ataques 'terroristas' em verdade perpetrados pelos próprios Estados Unidos.
Gregory F. Fegel
Tradução Murilo Otávio Rodrigues Paes Leme
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter