O Dalai Lama pode demitir-se-á só como o líder político e não espiritual do Tibete. Se os distúrbios no Tibete continuarem o Dalai Lama demitir-se-á, mas só como o líder político e chefe do nosso Estado, e não espiritual, disse um dos seus adjuntos Tenzin Takhla.
O líder espiritual budista está exilado, junto com o governo e parlamento tibetanos em Dharamsala, no norte da India.
Pequim nem comenta, as autoridades acusam o Dalai Lama de incitar os tibetanos e os monges budistas aos confrontos e de querer boicotar os Jogos Olímpicos que se realizam em Agosto.
O líder espiritual mantém a máxima da Não Violência, tanto do lado chinês como do lado tibetano. E considera que mesmo que mil tibetanos sacrifiquem a vida, não vai valer de muito.
Segundo o parlamento tibetanto, no exílio há 40 anos, morreram 100 tibetanos nas mãos das autoridades chinesaqs nos motins dos últimos dias. Pequim fala apenas em 13 mortes.Segundo José Cardal, da Casa da Cultura do Tibete em Lisboa, "o que se passa no território é desastroso".
Entretanto segundo Ansa, cerca de 500 monges tibetanos e organizações de direitos humanos realizaram hoje um novo protesto em Dogo, na região de Chone, após o vencimento do ultimato dado pelas autoridades de Pequim aos manifestantes. Os monges do monastério Choepel Shing marcharam pelas ruas com bandeiras e gritando "independência para o Tibete" e "longa vida a Dalai Lama".
Fontes locais informaram que novas prisões foram efetuadas em Lithang, onde a polícia reprimiu outra manifestação conduzida por monges.
Lhasa, capital da Região Autônoma do Tibete, permanece bloqueada e testemunhas informaram a presença massiva de forças de segurança nas ruas.
A China havia estipulado a meia-noite de ontem como prazo máximo para a rendição, com possibilidade de "clemência", dos manifestantes.
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