O movimento islâmico Hamas depois de atacar ontem os principais centros de comando da segurança palestiniana em Gaza, hoje (14) controla a maior parte da Faixa da Gasa.
O número de vítimas dos combates de rua entre os dois movimentos continua a subir, já tendo atingido os 80, após uma semana de luta. Ontem, o conflito estendeu-se também à Cisjordânia, onde as milícias da Fatah, mais poderosas nesta região promoveram várias acções contra locais controlados pelo Hamas.
As forças de segurança da Autoridade Nacional Palestina (ANP) leais ao presidente Mahmoud Abbas, iniciaram nesta madrugada em Cisjordânia, uma campanha de detenções de importantes dirigentes do Hamas.
Os soldados da Segurança Nacional pretendem deter cerca de 1.500 homens do Hamas. Eles estão numa lista elaborada pelos órgãos de inteligência.
Espera-se que em breve o presidente da Autoridade Palestiniana e líder da Fatah, Mahmud Abbas declare a situação de emergência e dissolva o Parlamento.
A violência forçou entretanto um importante clã de Gaza, a família Baker, que tem 300 homens armados, a mudar a sua fidelidade, da Fatah para o Hamas. Segundo a AFP, as brigadas Ezzedinne al-Qassam, ala armada do Hamas, atacaram o bairro dos Baker, em Gaza, e prenderam numerosos homens. Dois membros do clã foram mortos e houve cinco feridos neste incidente, incluindo três mulheres.
A Fatah acusa o Hamas de estar "a aplicar um plano para o controlo da Faixa de Gaza", segundo o porta-voz da organização a que pertence o presidente da Autoridade Palestiniana. Os dois movimentos tinham formado recentemente, após duras negociações mediadas por Riade, um governo de união nacional.
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