Bulgária e Roménia são os membros da União Europeia desde 1 de janeiro de 2007. Este é o quinto alargamento da UE que aumenta de 25 para 27 o número de membros e para quase 500 milhões a população.
Enquanto para muitos europeus a imagem da Romênia fica reduzida às lendas sobre o Conde Drácula e alguns desportistas de renome, como a ginasta Nadia Comaneci, a população está convencida de que o país, por sua cultura e suas tradições, faz parte da Europa, como também o expressou recentemente o ex-chanceler alemão Helmut Kohl.
De fato, mais de dois milhões de romenos já trabalham na UE contribuindo para o desenvolvimento da economia nacional, que em 2006 experimentou um crescimento de 8%.
Na capital da Bulgária, Sófia num discurso difundido pela rádio e pela televisão, o presidente búlgaro, Georgui Parvanov, qualificou o 1 de Janeiro de 2007 de «uma das datas mais importantes da história nacional».
Contudo, «os futuros êxitos como nação não dependerão dos fundos e dos recursos dados pela UE mas do nosso próprio trabalho», frisou.
«Desejando as boas-vindas aos dois novos membros da nossa família, sabemos que a nossa cultura e a nossa herança serão mais ricas e que isso favorecerá as nossas relações mútuas, assim como a nossa economia», declarou ao intervir na Sófia, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
Segundo as pesquisas mais recentes, nem todos os romenos e búlgaros vêem com otimismo a adesão à Comunidade Européia, já que temem uma alta em massa de preços e a perda dos produtos típicos da agricultura nacional.
À data da sua entrada, Sófia e Bucareste apresentam sem surpresa dos valores mais pobres na UE a vários níveis, começando pela sua riqueza, já que o respectivo Produto Interno Bruto (PIB) por habitante é ligeiramente inferior a 30 por cento da média comunitária.
A inflação nos dois novos Estados-membros é também muito superior à média comunitária (1,8 por cento), com a Bulgária a apresentar uma taxa de inflação anual (entre Outubro de 2005 e Outubro de 2006) de 5,7 por cento, e a Roménia de 4,8 por cento.
Noutros indicadores, Bulgária e Roménia também se revelam ainda muito atrás da média da União Europeia, casos da esperança de vida (69 anos na Bulgária e 68,2 anos na Roménia, contra 75,8 na UE a 25) e mortalidade infantil (10,4 e 15,0 por cada 1.000 nados vivos, respectivamente, contra 4,5 na União).
A exigência e o rigor na monitorização do cumprimento dos requisitos para próximos alargamentos vão aplicar-se a todos os países que quiserem juntar-se à União, designadamente aos "candidatos" Croácia, Turquia e Antiga República Jugoslava da Macedónia, e aos "potenciais candidatos" Albânia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro, e Sérvia, incluindo Kosovo.
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