A Etiópia começou neste domingo a guerra contra os islamistas da Somála. Na segundafeira dois aviões etíopes bombardearam o aeroporto de Mogadíscio, capital da Somália, deixando o local inapto para operações.
Segundo fontes que estavam no local, o bombardeio danificou a pista de pouso e a área de estacionamento do terminal aéreo.
O aeroporto de Mogadíscio, que estava sem operar há vários anos, foi habilitado pouco depois de os milicianos dos Tribunais Islâmicos assumirem o controle da cidade, no início de junho.
Um dos aviões que atacou o terminal aéreo veio do norte de Mogadíscio, situada às margens do Oceano Índico, e o outro do mar.
Ainda não se sabe se os ataques aéreos causaram vítimas. O terminal aéreo ficou fechado.
A Etiópia anunciou ontem que tinha decidido passar à ofensiva a fim de se defender do que qualificou como possíveis "infiltrações" dos milicianos islâmicos somalianos em seu país.
As autoridades etíopes apóiam o Governo de transição da Somália, que tem sua sede em Baidoa, 245 quilômetros ao noroeste de Mogadíscio. Eritréia, um velho inimigo da Etiópia, apóia os Tribunais Islâmicos somalianos.
Analistas regionais calculam que a Etiópia tem na Somália mais de dez mil soldados, e Eritréia cerca de dois mil.
O primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, disse ontem à noite que os soldados etíopes ficarão na Somália até que cumprirem sua missão.
O ataque aéreo de hoje foi o segundo feito por aviões etíopes na Somália nas últimas horas. Ontem, houve outras operações que se concentraram em Baladweyne, cerca de 350 quilômetros ao norte de Mogadíscio.
EFE
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