Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 25 chegaram a acordo para suspender de forma parcial as negociações sobre entrada da Turquia na União Europeia. Dessa maneira a Turquia já está a sofrer as consequências de se recusar a abrir os portos turcos aos barcos cipriotas. Acordo significa para a Turquia que a adesão à UE poderia acontecer daqui a 10 ou 15 anos e fica dependente do momento em que Ancara normalize as relações com o Chipre, um dos Estados membros da União.
O Comissário Europeu para o alargamento, Ollie Rehn, considera que deste modo é enviado um sinal à Turquia em como certas posições acarretam consequências e ao mesmo tempo impedem o progresso das negociações.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luis Amado, congratulou-se com o compromisso "difícil" alcançado, frisando ter havido "um esforço no sentido de manter uma via aberta de negociação com a Turquia, sem claudicar minimamente em relação aos critérios estabelecidos" para as conversações.
Luís Amado reconheceu que Lisboa preferia "atenuar" o número de capítulos alvo de suspensão para evitar uma "excessiva dramatização" do problema. Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido, Suécia e Estónia estiveram entre os países que consideraram que a proposta de Bruxelas era demasiado dura, enquanto que Alemanha, Chipre, Grécia, França e Áustria defendiam sanções mais pesadas.
A Comissão propôs aos 25, a 29 de Novembro, o congelamento de oito dos 35 capítulos das negociações, enquanto a Turquia não abrir os seus portos e aeroportos ao tráfego de mercadorias cipriota-grego.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros também concordaram que nenhum capítulo dos que continuam a ser negociados será fechado, enquanto permanecer a posição de Ancara face a Chipre.
A Comissão Europeia continuará a avaliar anualmente o grau de respeito da Turquia em relação às condições de adesão e os Estados-membros vão proceder a uma monitorização acrescida desse processo.
A Turquia insiste em não reconhecer a parte cipriota grega da ilha, que entrou para a União em 2004.
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