Esta sextafeira na cidade filandesa de Lahti começa a Cimeira Europeia . O tema principal será a segurança energética. Para discutir o problema a União convidou o presidente russo Vladimir Putim tendo em conta de convencê-lo a juntar-se a Carta Energética, um documento a ser criado pela UE.
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, convidou a ocupar nesta reunião com Vladimir Putin uma posição rígida contra a Rússia no que se refere à sua adesão à Carta Energética européia e, num sentido mais lato, em relação à atual política russa por ele definida como descambando para o nacionalismo e autoritarismo.
Com Carta Energética , por um lado, a União Europeia quer obter as garantias máximas dos fornecimentos de petróleo, gás natural e carvão, que são feitos, em medida considerável, pela Rússia. Rússia fornece 40% do gás, 32% do petróleo e 17% do carvão que a União Europeia consome.
Em segundo lugar, o documento prevê o acesso das empresas ocidentais aos gasodutos e oleodutos russos, a garantia dos investimentos estrangeiros na economia russa.
Porém, estes princípios vão contra a política do Governo russo no campo da energia. O princípio do comércio livre do gás, por exemplo, vai contra a política da Gazprom, a empresa monopolista russa no campo da exportação do gás, que prefere concluir contratos de fornecimento a longo prazo e defende a manutenção do seu poder absoluto sobre os gasodutos no território da Rússia.
Além disso, Moscovo exige que a carta inclua também a regulação do comércio de materiais nucleares.
A Carta Energética é um tema esgotado, a UE revela falta de sensibilidade na aceitação dos nossos argumentos, já foram gastas demasiadas horas a provar a posição russa declarou ontem aos jornalistas Serguei Iastrjembski, ajudante de ordens do presidente Putin.
Se a Rússia não está pronta para ratificar a carta na sua redacção actual, é preciso começar a alterar as fórmulas que não aceitamos, não há outra hipótese, disse Iastrjembski .
Além disso, Iastrjembski sublinha que a cooperação avança mesmo sem a assinatura da carta, porque a Rússia consegue acordos com membros separados da União Europeia: a construção do Gasoduto do Norte da Europa, projecto russo-alemão, ou do oleoduto Burgas-Alexandropulus, projeto a realizar por empresas russas, búlgaras e gregas.
Pravda com Praim -Tass
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