O presidente do Banco Mundial (Bird) americano Paul Wolfowitz surpreendeu. Admitiu ter dado uma forcinha na promoção da namorada dentro do Banco e pediu desculpas."Eu cometi um erro. Sinto muito", confessou ele.
Desde que era subsecretário de Defesa do governo Bush, Wolfowitz namora uma funcionária do Banco, Shaha ali Riza. Mas, depois de assumir a presidência da instituição, em 2005, ele autorizou aumentos salariais para ela.
Shaha já ganhava bem, cerca de R$ 22 mil por mês. Hoje, ganha R$ 32 mil, livres de impostos.
Na entrevista, perguntei a Paul Wolfowitz se ele vai renunciar. Ele disse que aceita a decisão que for tomada pelo Conselho de Diretores do Banco Mundial.
Paul Wolfowitz dificilmente vai perder o emprego no momento em que o FMI e o Banco Mundial se preparam para receber ministros de Economia do mundo inteiro, em Washington. Mas a crise deve se estender e não é apenas o escândalo da namorada que prejudica a imagem de Wolfowitz. O estilo isolado de liderança e a impressão de que ele sempre segue diretrizes políticas da Casa Branca estão sendo, abertamente, criticados dentro do próprio Banco Mundial.
Na época, a namorada do presidente do Banco Mundial recebeu um aumento de salário e foi cedida ao Departamento de Estado. Como os empregados do Banco não têm impostos descontados do salário, ela recebia remuneração maior até do que a da secretária de Estado, Condoleezza Rice. Ontem (12). A Casa Branca disse que dá apoio ao presidente do Bird.
Entretanto a associação dos funcionários do Banco Mundial pediu nesta quinta-feira (12) a renúncia de Wolfowitz, informa a agência AFP.
Wolfowitz "tem de agir com honra e renunciar", disse a organização, em uma carta assinada por seus integrantes.
"O diretório (do Bird) deve agir de acordo com suas obrigações fiduciárias de vigilante do grupo Banco Mundial e promover, em escala internacional, o processo de busca de um novo presidente capaz de restaurar a integridade do banco".
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