A Comissão Europeia irá declarar hoje, em Estrasburgo, que a Roménia e Bulgária podem aderir à UE no princípio de 2007, embora sujeitas a vigilância apertada para encorajar mais reformas judiciais e administrativas.
Entretanto Durão Barroso defendeu hoje uma pausa no alargamento da União Europeia após a adesão da Roménia e Bulgária, sustentando que a comunidade não pode aceitar mais membros enquanto não proceder a uma reforma institucional.
Não seria prudente aceitar novos Estados-membros, além da Roménia e Bulgária, antes de termos resolvido a questão constitucional, afirmou o presidente da Comissão Europeia, no final de um encontro com o primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, em Bruxelas.
Para Durão Barroso, a União Europeia não tem capacidade para absorver novos membros antes das instituições comunitárias adoptarem novas regras de funcionamento, mais simples e eficazes, sob risco de se tornar ingovernável.
O presidente do executivo europeu lembrou que o novo tratado constitucional rejeitado em referendo pelos eleitores franceses e holandeses responde a essas questões, considerando essencial que os 25 salvem o essencial do documento.
Por proposta da Comissão Europeia, a UE decidiu adiar uma decisão sobre o tratado para o final de 2008, tendo incumbido as próximas presidências europeias de estudar possíveis caminhos a seguir na reforma das instituições.
As declarações de Durão Barroso ocorrem nas vésperas da publicação de relatórios determinantes para a adesão da Bulgária e Roménia, prevista para o início do próximo ano mas ainda dependente do cumprimento de algumas metas.
A posição do presidente da Comissão Europeia representa também um balde de água fria para as aspirações da Croácia e Turquia, os dois candidatos oficiais à entrada na UE e que iniciaram este ano as negociações formais para a adesão. Zagreb acredita que poderá aderir à UE em 2009, mas Ancara não tem perspectivas de entrar a curto prazo.
É claro que eu gostaria que a Croácia entrasse tão rapidamente quanto possível, se preenchesse todos os critérios, afirmou Durão Barroso, dando a entender que a concretização desse desejo poderá ser adiado.
Público
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