Mais de 10 mil pessoas reuniram-se esta noite frente ao Parlamento húngaro em Budapeste exigindo a demissão do Primeiro-ministro socialista Ferenc Gyurcsany .
Também frente à estação de televisão estatal, manifestantes da oposição queimaram automóveis, tendo sido impedidos de entrar nas instalações por várias centenas de polícias.
Aliás, a polícia teve que utilizar canhões de água para tentar dispersar a manifestação . Os confrontos entre a polícia e os manifestantes deixaram pelo menos 50 feridos.
Esta situação começou depois da rádio pública húngara divulgar domingo à noite a gravação de um discurso à porta fechada aos deputados do partido socialista em Maio passado, no qual Gyurcsany declara que o governo só fez «disparates» e «mentiu» durante um ano e meio para esconder o seu projecto de plano de austeridade, considerado doloroso embora necessário.
Gyurcsany admitiu, ainda, ter enganado o povo sobre as contas do Estado. Ainda durante a noite ocorreram várias manifestações em várias cidades da Hungria com a participação de alguns milhares de pessoas.
Recorde-se que a Hungria tem neste momento um défice a rondar os 10%, o mais elevado entre os países membros da União Europeia.
Ria-Novosti
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