Os corpos de um grupo de 15 funcionários da cidade de Muttur, no Sri Lanka, integrados numa agência humanitária francesa Ação Contra a Fome, foram encontrados mortos nos escritórios da organização. Os funcionários , da etnia tâmil, trabalhavam com ajuda humanitária e reconstrução pós-tsunami 2004.
De acordo com fonte da organização francesa, não há indicações relativamente ao responsável ou responsáveis pelos crimes. O diretor-geral da Acção, Benoit Miribel, disse que a organização nunca havia sofrido uma perda tão grande em 25 anos de existência.
Segundo ele, o grupo pretendia enviar uma equipe à região, mas foi impedido por soldados.
Nossa simpatia está com as famílias das vítimas e com todos os civis afetados por este massacre, cuja escala ainda é desconhecida, disse Miribel.
Nas duas últimas semanas, a zona tem, no entanto, sido palco de vários confrontos entre o exército e a milícia Tigres Tamil. No domingo, o Exército bombardeou posições rebeldes na área de Muttur.
Os ataques ocorreram apesar de um acordo assinado pelos Tigres Tâmeis para permitir a reabertura do reservatório de água e a ameaça de que novos bombardeios seriam considerados pelo grupo como uma declaração de guerra.
Os confrontos em Muttur têm sido os mais intensos na ilha desde a assinatura de um cessar-fogo há quatro anos.
O governo diz estar comprometido com a trégua, mas a situação política com os rebeldes, que lutam pela independência do norte e do leste do país, permanece em um impasse.
Pelo menos 60 mil pessoas já morreram no país por conta da violência desde o início da insurgência rebelde, há três décadas.
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