Jornalista, escritor e militante comunista, Miguel Urbano Rodrigues faleceu este sábado, tinha 91 anos.
Filho de Urbano Rodrigues e irmão do escritor Urbano Tavares Rodrigues, deixa mais de uma dezena de livros publicados em Portugal e no Brasil, de ficção mas também textos políticos, além das reportagens que fez em vários pontos do mundo.
Foi jornalista do Diário de Notícias, entre 1949 e 1956, e chefe de redação do Diário Ilustrado, entre 1956 e 1957. Durante a ditadura exilou-se no Brasil, onde ocupou o cargo de editorialista de O Estado de S. Paulo e editor internacional da revista brasileira Visão.
No segundo tomo de memórias, intitulado O Tempo e o Espaço em que vivi - II Revolução e Contra-Revolução na América Latina, recorda o interrogatório a que foi submetido na sede da polícia militar brasileira, Operação Bandeirante (Oban), para concluir que manter a dignidade como cidadão, na fidelidade aos seus princípios e ideais, foi o pior desafio que enfrentou.
Após a Revolução de Abril regressa a Portugal, torna-se chefe de redacção do Avante! e a seguir director de O Diário.
Foi presidente da Assembleia Municipal de Moura, terra alentejana que o viu nascer, entre 1977 e 1978, deputado à Assembleia da República pelo PCP, entre 1987 e 1995, tendo ainda pertencido à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e da União da Europa Ocidental.
O corpo de Miguel Urbano Rodrigues estará em câmara ardente amanhã, a partir das 14h, no Centro Funerário da Lapa, no Porto. O funeral deverá realizar-se às 16h de segunda-feira.
Foto: Miguel Urbano RodriguesCréditos/ Pravda Ilhéu
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