Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstram também que no mesmo período, a mortalidade materna reduziu de 1,400 para 660 mortes por 100,000 mil grávidas. Esta situação é ainda inaceitável, tendo em conta que coloca Angola no mesmo patamar dos países menos desenvolvidos, com um crescimento per capita abaixo da média dos países em via de desenvolvimento.
Porém, a solução de custo efectivo existe: é necessário aumentar o acesso ao pacote de intervenção de alto impacto, promover as práticas adequadas nos lares e a nível das comunidades, e assegurar o acesso aos bens essenciais. Em particular, o acesso universal ao parto acompanhado pelo pessoal qualificado para reduzir a mortalidade materna e neonatal, disse Dr. Koen Vanormelingen, coordenador interino da ONU em Angola.
Além disso, é necessário eliminar as lacunas e disparidades. A cobertura de saúde para a população com menos recursos é bastante reduzida em relação as de maior rendimento económico, e o acesso aos serviços de qualidade é muito mais limitado em áreas rurais do que nas zonas peri-urbanas.
A análise do IBEP demonstra por exemplo que, 89% dos 20% da população mais rica beneficiou de uma ou mais consultas pré-natais, enquanto apenas 45% dos 20% da população mais pobre beneficiou das mesmas.
Para reduzir a mortalidade materna e infantil, o Ministério da Saúde lançou hoje a campanha de redução acelerada da mortalidade materna e infantil. Nesta campanha prevê o fortalecimento do sistema de saúde ao nível municipal, incluindo os recursos humanos qualificados.
Será assegurado o fornecimento de um pacote essencial de serviços materno e infantil, a melhoria da qualidade dos serviços pré-natais, assistência atempada ao parto, mobilização da sociedade para a promoção dos cuidados materno e infantil, e a monitoria e avaliação do programa de aceleração da redução da mortalidade materna e infantil.
Esta campanha marca o início da intensificação dos esforços em torno da conquista significante e o sustentável progresso da saúde em Angola. O sistema das Nações Unidas em Angola felicita o Ministério da Saúde por esta iniciativa, mas encoraja o Executivo Angolano a aumentar a proporção do orçamento geral do Estado dedicado para à saúde de 6.4 para 15%, de forma a garantir melhor qualidade de saúde para as crianças e mulheres Angolanas.
UNICEF Angola
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