Hoje, na Comissão Parlamentar de Ambiente e Poder Local, o Deputado ecologista, Francisco Madeira Lopes, questionou o Ministro do Ambiente sobre a possibilidade de construção da Barragem da Foz do Tua, que levará a perda irremediável de parte importantíssima do nosso património ferroviário, a Linha do Tua.
Mediante a resposta de Nunes Correia, que desvalorizou a sua própria importância na tomada de uma decisão sobre esta matéria, Os Verdes só podem fazer uma constatação: com um Ministério do Ambiente como este, é preferível a sua extinção. Pelo que se pôde comprovar pelas palavras do Sr. Ministro, qualquer Ministério se sobrepõe ao do Ambiente, que acaba por não intervir nas decisões que mexem directamente com o ambiente e o ordenamento do território.
É ainda de salientar o facto de Nunes Correia, apesar de admitir a fragilidade e sensibilidade do Vale do Tua, ter colocado a tónica da sua intervenção na reposição e melhoria das vias de comunicação ao longo do eixo em questão. O Ministro do Ambiente fugiu, mais uma vez, a um posicionamento claro sobre a construção da Barragem, abrindo inclusivamente portas à substituição da via ferroviária por uma via rodoviária, demonstrando desta forma uma posição muito mais débil na defesa dos valores ambientais, tais como a mobilidade ferroviária e não poluente, do que a própria secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.
Para Os Verdes, é triste (mas não surpreendente) verificar a pouca ou nenhuma importância que o actual Ministro do Ambiente confere às matérias do ambiente e do património natural e cultural do país, preocupações que deveriam ser as suas por excelência.
Os Verdes
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