O conselho de administração da estatal que administra os aeroportos do Brasil (Infraero) afastou ontem (09 ) mais quatro dirigentes dos cargos por participação em negócios por suspeita de envolvimento em irregularidades . São investigados pela CGU (Controladoria Geral da União), noticia Folha de S. Paulo.
Como são funcionários de carreira da Infraero, os dirigentes afastados continuarão vinculados aos quadros da empresa até o término das investigações, informou a estatal.
Foram afastados : José Welington Moura, que respondia pela diretoria comercial, Fernando Brendaglia de Almeida, antecessor de Moura no cargo e até ontem superintendente de Planejamento e Gestão da estatal, Napoleão Lopes Guimarães Neto, assistente da Procuradoria Jurídica, e Márcia Gonçalves Chaves, assessora da presidência da estatal.
Os quatro funcionários são investigados em um dos vários negócios suspeitos na estatal. Trata-se da renovação pela empresa Shell do Brasil de contrato para explorar área do aeroporto de Brasília. Tanto uma auditoria interna da Infraero como a CGU concluíram que o contrato não poderia ter sido renovado em agosto de 2005 sem a realização de uma nova licitação.
O contrato original venceu em 2003. Depois disso, a Infraero chegou a obter na Justiça direito a cobrar da Shell R$ 300 mil de pagamentos atrasados. Mas o dinheiro foi devolvido à distribuidora por meio de acordo de renovação da concessão, agora contestado.
Segundo Folha de S.Paulo o diretor comercial afastado José Welington Moura divulgou parecer da procuradora-geral da Infraero, Josefina Pinha, de novembro de 2006, atestando a legalidade do negócio com a Shell. Josefina teve recentemente os sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça. Com o documento, Moura espera rever a decisão de ontem.
O afastamento dos funcionários foi defendido no conselho de administração da Infraero pelo seu presidente, o ministro da Defesa, Waldir Pires.Até agora, são cinco os dirigentes afastados.
Durante reunião do conselho de administração ontem, o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, entregou ao ministro da Defesa relatório sobre o apagão aéreo. O documento sugere investimentos de R$ 3,2 bilhões na infra-estrutura dos aeroportos até 2011.
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