Desde sexta-feira, o ministro da Defesa, Waldir Pires desapareceu por completo das articulações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a crise aérea no país.
O presidente chegou a pensar em tirá-lo do cargo durante a reforma ministerial, mas desistiu da idéia por não querer desmoralizá-lo. Ainda não corre nos gabinetes do Palácio o rumor de que Waldir Pires está demissionário, mas fontes do governo dizem que sua saída da pasta "é só uma questão de tempo., de acordo com a Folha de São Paulo
Em reunião com o Conselho Político de governo nesta terça-feira, 3, o presidente mostrou-se muito aborrecido com o comportamento dos controladores de vôo e já promete não interferir caso os controladores militares sejam punidos por insubordinação, desautorizando desta vez o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que havia prometido coibir sanções aos profissionais do tráfego aéreo.
Hoje a Reuters confirmou a informação . Segundo agência Lula reuniu-se com a bancada petista num jantar oferecido na residência do senador Eduardo Suplicy (SP), em Brasília. Aos colegas, o presidente teria afirmado que, para 'concluir a reforma ministerial', precisa 'construir uma saída digna' ao ministro da Defesa, criticado dentro e fora do governo por má gestão na crise aérea.
Lula antecipou aos senadores de seu partido que pretende convocar nos próximos 20 dias o Conselho de Defesa Nacional para discutir um plano de valorização das Forças Armadas.
Órgão consultivo, o conselho é composto pelo vice-presidente da República, os presidentes da Câmara e do Senado, e os ministros Justiça, Relações Exteriores, Fazenda e Planejamento, além dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.
O CDN atua, sobretudo, nos assuntos relacionados à soberania nacional e à defesa do estado democrático.
A disposição de Lula é elaborar uma espécie de 'PAC das Forças Armadas', com elevação das taxas de investimento no Exército, na Marinha e na Aeronáutica.
Segundo fontes disseram à Reuters, o presidente avaliou que não há saída para a crise no setor de aviação sem o fortalecimento da Força Aérea Brasileira (FAB).
De acordo com os relatos, repassados à Reuters sob condição do anonimato, Lula estaria 'decepcionado' com a gestão anterior da Aeronáutica, do brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, mas 'satisfeito' com a atuação do atual comandante, o brigadeiro Juniti Saito, encarregado de encontrar uma solução para a crise.
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