Em visita ao Brasil, o presidente reeleito da Venezuela, Hugo Chávez, disse que seu país tem condições de ajudar o desenvolvimento no Brasil, aumentando o suprimento de combustíveis por meio de acordos na área de petróleo e gás.
"Queremos oferecer toda facilidade para que o Brasil não tenha nenhuma preocupação com petróleo e tenha disponível toda energia que requer para seu desenvolvimento e para se tornar uma potência mundial", afirmou, após jantar na noite de quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada.
Segundo ele, a Venezuela tem reservas expressivas a 200 metros de profundidade. Ele disse que em um dos poços explorados pela Petrobras em seu país, a empresa detectou reservas de 7 milhões de barris em um só campo.
Sobre o encontro no Alvorada, em que estavam a família de Lula e alguns ministros, Chávez afirmou que foi um jantar "para celebrar nossas vitórias, que significam a esperança de um futuro melhor para o próprio povo sul-americano. Estamos orgulhosos de sermos sul-americanos".
Em relação ao presidente brasileiro, ele disse que Lula "tirou o país do marasmo", já que, na avaliação dele, o Brasil não crescia economicamente. "E tem todas condições para se tornar uma grande potência mundial".
O presidente venezuelano informou que viaja nesta quinta-feira para Buenos Aires (Argentina), onde se encontra com o presidente Néstor Kirchner. Os dois devem tratar da instalação do gasoduto do Sul, que beneficiará os países da América do Sul até o Caribe. De acordo com Chávez, esse projeto vinha se desenrolando há oito anos, e apenas há um ano, com o interesse de Lula sobre ele, foi possível idealizar projeto do ponto de vista técnico-financeiro, ambiental e energético.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) afirmou que a oferta de Chávez demonstra a boa vontade do governo venezuelano em favor da integração energética da comunidade sul-americana. Uma boa vontade que se revela tanto no caso específico como no Mercosul, disse.
Rosinha acrescentou que o tema energético está na pauta do dia na América Latina e é o principal assunto em discussão em encontro internacional que se realiza neste final de semana em Cochabamba, na Bolívia.
Rosinha participou nesta quarta-feira de encontro da Frente Parlamentar Latino-Americana em Cochabamba e discutiu, com a sociedade civil organizada, a possibilidade de mais intervenção e discussão por parte dos Parlamentos e dos parlamentares em acordos internacionais.
Hoje, nós parlamentares da América não temos espaço para debater tratados e acordos internacionais. Nosso encontro tem por objetivo iniciar um processo para ganhar mais força nos processos de negociação. Também debatemos a participação da sociedade, sindicatos e ONGs no processo de negociação desses acordos, disse.
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