Depois das 19h30 desta terça-feira, todos os vôos de Brasília, São Paulo e Minas foram cancelados. Também houve atrasos no Rio e em Mato Grosso do Sul. No total, centenas de vôos sofreram atraso, mas os números não tinham sido tabulados até o fim da noite.
Segundo Estadão o maior apagão no tráfego aéreo do País foi provocado por uma pane nos equipamentos de rádio que fazem a comunicação entre o Cindacta-1, de Brasília, e os aviões monitorados por esse setor obrigando a suspensão de todos os vôos controlados por Brasília por mais de seis horas.
Houve suspeita de sabotagem, mas a Polícia Federal foi acionada e descartou a possibilidade. Essa é a primeira vez, desde que o Cindacta foi criado, há mais de 20 anos, que ocorre uma pane com essa dimensão. De acordo com o comandante do Cindacta-1, coronel Carlos Aquino, ocorreram duas panes no sistema ao longo do dia.
A primeira, parcial, entre 9h e 10h, quando apenas 13 das 20 freqüências de rádio que fazem as comunicações estavam funcionando. A segunda pane foi à tarde, entre 13h e 16h, quando, depois de três horas totalmente paralisadas, as operações foram retomadas. Segundo o coronel, nesse período as 20 freqüências do controle ficaram inoperantes, impossibilitando as comunicações entre o centro de controle aéreo de Brasília e todos os aviões que seriam monitorados por Brasília, o que levou à suspensão dos pousos e decolagens.
A esta altura, os problemas eram irreversíveis, sobretudo para os passageiros. Apenas a Ponte Aérea Rio-São Paulo operou normalmente, estendendo o horário para a madrugada, para dar vazão aos vôos atrasados. De acordo com o comandante, todos os equipamentos de comunicação do Cindacta-1 são considerados novos por terem menos de seis anos de uso e a manutenção está ´absolutamente em dia´.
O coronel descartou que a pane tenha permitido acidentes aéreos. ´A prioridade foi pousar quem estava voando´, disse, explicando que a comunicação com os aviões para colocá-los no chão foi feita por outros centros de comunicação em Belo Horizonte, Pirassununga e Rio.
De acordo com G-1 , a situação em Congonhas pode voltar a ficar complicada a partir das 6h30 desta manhã, pois haverá o acúmulo de passageiros, que deveriam ter embarcado ontem e remarcaram vôos para manhã de hoje, e de pessoas que já estão com vôos pré-agendados, conforme os bilhetes comprados.
Já no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, às 4h50 desta madrugada eram registrados atrasos em cinco chegadas, uma delas de uma aeronave da Gol, de vôo 1661, partindo de Recife, que deveria ter pousado às 23h45, mas até às 4h30 ainda não havia chegado. Em relação às decolagens, havia o registro apenas de dois vôos em atraso, um da TAM com destino a Cuiabá(MT), e outro da Varig, que seguirá para Buenos Aires.
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