02.11.2006-Pravda.ru-(São Tomé) - Após o rebentamento do segundo escândalo financeiro, envolvendo milhares de dólares, o Governo decidiu liquidar o Gabinete de Gestão da Ajuda Externa(GGA). Processo complicado que está a pôr em causa o sustento de cerca de duas dezenas de famílias. O Ministério da Economia, já trancou as portas do principal armazém do GGA, mas os trabalhadores reclamam o pagamento de indemnizações e salários em atraso.
Os trabalhadores do gabinete mais polémico do país, em termos de escândalos financeiros, estão descontentes com a forma como o governo está a levar a diante o processo de liquidação do Gabinete de Gestão das Ajudas. O principal armazém do gabinete, foi selado esta segunda feira, sem o conhecimento dos trabalhadores. Filipe Bandeira, membro do núcleo sindical do GGA, garante que o governo deve 4 meses de salário ao pessoal do gabinete em fase de liquidação. « Os trabalhadores reclamam o pagamento dos salários em atraso, num total de 4 meses, para além de indemnizações que são devidas », explicou o responsável sindical.
No total segundo Filipe Bandeira, o estado são-tomense deve pagar aos cerca de 20 trabalhadores, 6 biliões de dobras.
No armazém que foi selado por ordem do Ministério da Economia, apenas existem motores de pesca e sacos de sal, oriundos da ajuda internacional. Nenhum grão de arroz fornecido pelo Japão, existe no extenso armazém. Os sucessivos escândalos financeiros, travaram o envio do produto que entupia o armazém, e era vendido a preços extremamente baixos para a população.
Consequência do corte da ajuda alimentar japonesa, o preço do arroz não para de subir no mercado nacional, agudizando o custo de vida para as populações mais pobres.
GGA, transformou-se num assunto tão polémico nos últimos anos, que nem mesmo a sua liquidação está a ser pacífica.
Suahills Dendê
PRAVDA.Ru
STP
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