Pesquisa Mensal de Desocupação
Base: Agosto de 2006
Em agosto, desocupação foi de 10,6%
Em agosto, a taxa de desocupação no conjunto das seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE foi estimada em 10,6%, ficando estável em relação a julho (10,7%). Já em relação agosto do ano passado, quando a taxa foi de 9,4%, houve alta de 1,2 ponto percentual. O contingente de desocupados (2,4 milhões) permaneceu estável na comparação mensal, mas em relação a agosto de 2005, a expansão foi de 17,2%, o que representa, aproximadamente, mais 355 mil pessoas procurando trabalho. Já o rendimento médio da população ocupada (R$ 1.036,20) cresceu 0,7% em agosto, após cair 0,7% em julho. Em relação a agosto de 2005, o rendimento da população ocupada cresceu 3,5%.
A PME revelou que, em relação ao mesmo mês do ano passado, foi registrado um crescimento de 2,2% no número de pessoas em idade ativa, apontando um contingente de 39,7 milhões de pessoas no agregado das seis regiões metropolitanas em agosto. A pesquisa registrou aumento na taxa de atividade (57,6%) na comparação anual (1,1 ponto percentual).
Em relação à população ocupada (20,5 milhões), a pesquisa apontou aumento na comparação mensal (1,1%), ou mais 226 mil pessoas ocupadas em um mês. Em relação a agosto do ano passado a ocupação cresceu 2,8%.
O emprego com carteira de trabalho assinada no setor privado, em relação a agosto de 2005, cresceu 5,9%. São aproximadamente mais 472 mil ocupados inseridos desta forma no mercado de trabalho. No agregado das seis regiões, na comparação mensal, apenas o grupamento de atividade outros serviços apresentou alteração, crescendo 2,5%. Na comparação anual, destacam-se o desempenho dos grupamentos de atividade comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis e serviços doméstico e outros serviços que apresentaram crescimento de 4,2% no contingente de ocupados.
Regionalmente, na comparação com julho, foi observada estabilidade em todas as regiões pesquisadas. No confronto com agosto de 2005, duas regiões metropolitanas apresentaram alteração neste indicador: Recife (de 13,4% para 14,9%) e São Paulo (de 9,4% para 11,6%). Nas demais regiões o quadro foi de estabilidade.
População em Idade Ativa (PIA)
Em agosto, foi estimado pela Pesquisa Mensal de Emprego um contingente de aproximadamente 39,7 milhões de pessoas em idade ativa (pessoas de 10 anos ou mais de idade) para o conjunto das seis regiões metropolitanas. Esta estimativa apresentou alta em relação a julho. Na comparação com agosto de 2005, o aumento foi de 2,2%, ou seja, um acréscimo de 849 mil pessoas em idade ativa.
Na análise por sexo, constatou-se que as mulheres representavam, em agosto de 2006, a maioria da população em idade ativa (53,4%), enquanto os homens, 46,6%. A população em idade ativa estava distribuída, segundo a faixa etária, da seguinte forma: 9,7% de 10 a 14 anos, 5,8% de 15 a 17 anos, 14,8% de 18 a 24 anos, 44,4% de 25 a 49 anos e a população de 50 anos ou mais representava 25,3%. O grupo de jovens de 16 a 24 anos, representava, em agosto de 2006, 18,7% da PIA.
Pessoas Economicamente Ativas (PEA)
O contingente de pessoas na força de trabalho foi estimado, para o agregado das seis regiões, em agosto de 2006, em 22,9 milhões, apresentando alta em relação a julho (1,0%). Na comparação com agosto de 2005 também foi registrado crescimento (4,2%), ou seja, 913 mil pessoas.
Regionalmente, na comparação com julho, foi constatada estabilidade no contingente de pessoas economicamente ativas em todas as regiões metropolitanas pesquisadas. Frente a agosto de 2005, foi verificada variação nas regiões metropolitanas de Recife (2,9%), Belo Horizonte (8,9%), Rio de Janeiro (3,2%), São Paulo (4,6%) e Porto Alegre (3,3%). Salvador não apresentou alteração. Ainda em agosto de 2006, constatou-se que os homens continuavam a representar a maioria da população economicamente ativa (54,5%).
Foi observada estabilidade na taxa de atividade (57,6%) (proporção de pessoas economicamente ativas em relação ao número de pessoas de 10 anos ou mais de idade) em relação a julho de 2006 (57,2%). No confronto com o mês de agosto de 2005 (56,5%), o movimento foi de alta (1,1 ponto percentual).
Regionalmente, em relação ao mês anterior, a taxa de atividade apresentou estabilidade em todas as regiões. Na comparação anual foram verificadas alterações nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (de 55,9% para 59,5%) e do Rio de Janeiro (de 53,9% para 54,9%), as demais regiões não registraram movimentação.
População Ocupada (PO)
Em relação a julho, o contingente de ocupados cresceu 1,1%, o que representa 20,5 milhões em agosto de 2006. No confronto com o mesmo mês do ano anterior, a população ocupada também cresceu 2,8%.
Regionalmente, em relação a julho de 2006, houve variação significativa na população ocupada apenas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (1,6%). Na comparação anual, as Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte (8,4%), Rio de Janeiro (2,4%), São Paulo (2,2%) e Porto Alegre (2,5%) apresentaram alteração no contingente de ocupados. Considerando o nível da ocupação2 (51,5%), houve elevação frente a julho no total das seis regiões (0,4 ponto percentual) e na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (0,7 ponto percentual). Na comparação anual foi registrada movimentação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (3,1 ponto percentual).
A pesquisa mostrou que os homens representavam, em agosto de 2006, 55,7% da população ocupada, enquanto as mulheres, 44,3%. A população de 25 a 49 anos representava 63,2% do total de ocupados. A pesquisa revelou também, que o percentual de pessoas ocupadas em agosto de 2006 com 11 anos ou mais de estudo era de 51,7%.
Análise dos resultados com relação aos principais Grupamentos de Atividade
Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, 17,3% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade manteve-se estável tanto em relação a julho de 2006 quanto em relação a agosto de 2005.
Construção, 7,0% da população ocupada. No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade.
Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis, 19,6% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade manteve-se estável em relação a julho de 2006 e apresentou movimentação positiva em relação a agosto de 2005, (4,2%).
Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, 14,1% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade manteve-se estável nas comparações mensal e anual.
Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social, 15,8% da população ocupada. No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade.
Serviços domésticos, 8,4% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade no total das seis regiões manteve-se estável em ambas as comparações.
Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), 17,1% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade registrou movimentação positiva frente a julho (2,5%) e em relação a agosto de 2005 (4,2%).
Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho
Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros), 41,2% da população ocupada. Em relação a julho de 2006, o contingente de trabalhadores nesta forma de inserção no mercado de trabalho apresentou estabilidade. Frente a agosto do ano passado ocorreu variação positiva de 5,9%, ou seja, aumento de aproximadamente 472 mil pessoas trabalhando com carteira de trabalho assinada.
Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros), 14,9% da população ocupada. O contingente de trabalhadores nesta forma de inserção apresentou estabilidade em ambas as comparações.
Trabalhadores por conta própria, 18,8% da população ocupada. Foi verificada estabilidade no contingente de trabalhadores nesta forma de inserção nas comparações mensal e anual.
RENDIMENTO MÉDIO REAL
Em agosto, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores nas seis regiões metropolitanas foi estimado em R$ 1.036,20, apresentando alta de 0,7% em relação a julho último. Na comparação com agosto de 2005, o quadro foi de recuperação (3,5%).
Em relação a julho, houve recuperação em todas as regiões metropolitanas: Recife (0,4%), Salvador (1,8%), Belo Horizonte (0,5%), Rio de Janeiro (0,9%), São Paulo (0,4%) e Porto Alegre (1,1%). Na comparação anual, o comportamento foi de elevação em todas as seis regiões: Recife (2,6%), Salvador (4,0%), Belo Horizonte (5,7%), Rio de Janeiro (3,3%), São Paulo (3,8%) e Porto Alegre (3,7%).
Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação MENSAL
No rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, foi verificada estabilidade com o rendimento médio sendo estimado em R$ 1.047,70. Nas regiões metropolitanas de Recife (3,1%), Salvador (1,1%), Belo Horizonte (0,4%) e de Porto Alegre (2,2%) houve recuperação no rendimento desta categoria. Nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo o quadro foi de estabilidade.
No rendimento dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, foi assinalada variação positiva no rendimento médio, estimado em R$ 697,20 em agosto de 2006 ante R$ 681,48 em julho de 2006 (variação de 2,3%). Nas regiões metropolitanas de: Salvador (4,2%), Belo Horizonte (5,1%), Rio de Janeiro (6,5%) e São Paulo (1,6%) o quadro foi de ganho nesta estimativa. Apenas em Recife foi verificado declínio (-8,6%) e Porto Alegre permaneceu estável.
No rendimento dos trabalhadores por conta própria, houve variação negativa de 1,2%, com o rendimento médio passando de R$ 801,16 para R$ 791,70. As regiões metropolitanas de: Recife (-7,2%), Salvador (-1,5%) Belo Horizonte (-3,1%), Rio de Janeiro (-2,3%) e Porto Alegre (-2,7%) registraram perda. Enquanto a região metropolitana de São Paulo (0,4%) apresentou ganho no rendimento nesta forma de inserção no mercado de trabalho.
Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação ANUAL
O rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, estimado em R$ 1.047,70 apresentou recuperação de 2,8% em relação a agosto de 2005. Os trabalhadores das regiões metropolitanas de: Salvador (3,6%), Belo Horizonte (0,5%), Rio de Janeiro (5,4%), São Paulo (3,2%) e Porto Alegre (3,5%) registraram ganho no rendimento. Recife (-0,4%) apresentou declínio.
O rendimento dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado apresentou recuperação de 5,3%, passando de R$ 661,92 para R$ 697,20. Os trabalhadores das regiões metropolitanas de Salvador (13,3%), Belo Horizonte (4,8%), Rio de Janeiro (1,6%) e São Paulo (10,1%) tiveram recuperação no rendimento. Recife e Porto Alegre registraram queda (2,6% e 4,4%, nesta ordem).
O rendimento dos trabalhadores por conta própria apresentou estabilidade. Foi registrado declínio nas regiões metropolitanas de: Recife (6,6%), Salvador (6,3%), Belo Horizonte (1,1%) e São Paulo (2,1%). Rio de Janeiro (1,9%) e Porto Alegre (8,6%), apresentaram recuperação no rendimento.
Análise do Rendimento Médio dos Trabalhadores por Grupamento de Atividade
Na comparação com julho de 2006, verificou-se:
alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (0,7%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis e serviços doméstico (4,0%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação (1,5%) e educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (0,7%).
queda no rendimento dos trabalhadores na construção (-3,8%) e em outros serviços (-0,9%).
estabilidade no rendimento médio real habitual dos trabalhadores em serviços domésticos.
No confronto com agosto de 2005, verificou-se:
alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (3,6%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (3,7%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação (3,3%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (3,6%); serviços domésticos (9,9%) e outros serviços (4,6%).
queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores na construção (-1,5%).
1Foram classificados como desocupados por não estarem trabalhando, estarem disponíveis para trabalhar na semana de referência e terem tomado alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.
Ricardo Bergamini
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http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini
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