A renovação da Carris, no âmbito de um plano que termina em 2010, tem sido alvo de críticas de diversas entidades e organizações e foi até sujeita a um parecer desfavorável da Câmara Municipal de Lisboa. Apesar de todas as críticas, a primeira fase da reestruturação entra em vigor já amanhã, dia 9 de Setembro.
Para Os Verdes, não é com medidas que restringem a mobilidade dos cidadãos, que se põe em prática a premissa da Sr.ª Secretária de Estado dos Transportes, de promover uma maior coesão territorial e social. Para promover esta coesão de que fala Ana Paula Vitorino, seria preciso algo bem diferente do corte, encurtamento de carreiras e redução de horários agora previstos e da assunção de factos ainda inexistentes, como determinados troços do Metro de Lisboa que ainda não estão concluídos.
A redução da utilização do transporte colectivo é uma realidade que tem vindo a agravar-se de ano para ano. Para contrariar esta realidade, Os Verdes consideram que, em vez de remodelações desajustadas que consomem milhares aos cofres do estado, é urgente apostar na intermodalidade entre meios de transporte, na articulação racional entre diversos operadores e na implementação de um plano nacional de transportes, combatendo a dispersão e o desperdício. É preciso, acima de tudo, garantir o fundamental direito à mobilidade dos cidadãos, com justiça social e sustentabilidade económica, energética e ambiental.
Para Os Verdes, é urgente adoptar uma política de incentivo ao transporte colectivo, no sentido de melhorar a qualidade de vida e competitividade do território da cidade de Lisboa, cumprindo os compromissos, os protocolos ambientais e as políticas de transportes e mobilidade assumidos pelo Governo e até hoje nunca seriamente implementados, sendo para isso indispensável o efectivo funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa.
As medidas que são amanhã implementadas pela Carris constituem mais um empurrão para obrigar os cidadãos a utilizar o transporte individual, pois contrariam todas as filosofias de mobilidade sustentável, em vez de pugnar pelo fomento da utilização do transporte colectivo.
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