Brasil: Deficit da Balança Comercial esperado

O Conselheiro Regional de Santa Catarina não vê uma solução em curto prazo para a queda nas exportações brasileiras e o crescimento das importações de produtos chineses.

O Brasil registrou déficit de US$ 90,00 milhões de dólares no comércio com a China entre janeiro e abril, mês em que o país asiático superou a Argentina como o segundo maior fornecedor do Brasil. Desde 2001, havia superávit nas transações com a China. A Inversão resultou principalmente da maior importação na área eletroeletrônica. O saldo acumulado da balança comercial no ano atingiu US$15,214 bilhões pela primeira vez menor que em igual período de 2005. Esta notícia que saiu na capa da Folha de São Paulo desta terça-feira, 30 de maio, tem preocupado muitos empresários e comerciantes que vêem seus produtos serem substituídos por produtos chineses. Taxar os produtos importados da China seria uma solução? Pelo menos do ponto de vista do Economista do Horst Schroeder não.

Segundo Schoeder, conselheiro do CORECON-SC (Conselho Regional de Economia de Santa Catatina), a tendência de queda já vinha se desenhando, pois em 2005 o superávit que era de US$ 658 milhões caiu para US$192 milhões. A alta carga tributária praticada no Brasil torna as empresar brasileiras pouco competitivas em relação ao mercado asiático. Componentes eletrônicos e bens duráveis como serra elétrica que poderiam ser produzidos no país, agora são produtos de fábricas chinesas. Os impostos representam 38% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, enquanto na China, esse percentual não chega a 20%.

As multinacionais que fabricavam produtos eletrônicos principalmente no Japão, Estados Unidos e Europa transferiram nos últimos 20 anos suas fábricas para os tigres asiáticos. Essa tendência mundial tem prejudicado ainda mais o Brasil, devido à valorização do real frente ao dólar. O economista Host Schoeder não vê nenhuma possibilidade de solução em um curto prazo, mas a reforma tributária, incentivos fiscais para os produtores seria um caminho para o Brasil se tornar mais competitivo no mercado internacional diante da agressividade comercial da China.

O Economista Horst Schroeder é conselheiro do CORECON/SC e Professor de Economia Brasileira da UNIVILLE (Universidade da Região de Joinville)

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Brenda Marques Pena

Assessora de Imprensa do Cofecon

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