Trump Rejeita Premiação da 'Time': Lição de Moral na... 'Esquerda' Brasileira

Trump Rejeita Premiação da 'Time': Lição de Moral na... 'Esquerda' Brasileira

 

Edu Montesanti

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (25) que a revista Time de seu país considera a possibilidade de premiá-lo novamente, como fez em 2016, com o título de Pessoa do Ano ao que, segundo o mandatário estadunidense, foi logo e diretamente rejeitada com a típica ironia do magnata nova-iorquino. "Provavelmente", como teria dito a diretoria da revista a Trump, "não era nada bom", respondeu o ocupante da Casa Branca segundo seus próprios relatos através de sua conta no Tuíter.

"A Time ligou dizendo que eu era PROVAVELMENTE o 'Homem (Pessoa) do Ano' como no ano passado, mas que eu teria que concordar com uma entrevista e com uma grande foto principal. Eu disse que provavelmente não era nada bom, e rejeitei. Obrigado, de qualquer maneira!", tuitou Trump cheio do (desta vez) belo sarcasmo e, a que pesem todos os seus erros, absurdos e violência, intelectual e física, demonstraram coragem e coerência.

Aliás, mais uma bela lição de brios e vergonha na cara (desgraçadamente, da extrema-direita) à... quem diria?! Nela, na "esquerda" caricata brasileira! No caso particular do atual e perpétuo "salvador da Pátria" da "esquerda" tupiniquim, Luiz Inácio e sua sucessora-afilhada não apenas despejaram mais de 16 bilhões de reais na grande mídia brasileira em seus oito anos no poder (6 bilhões de reais apenas na dona Rede Globo), a mesma grande mídia hoje tragicomicamente demomizadada (com tanta razão quanto cinismo) pelos petistas, como ainda, cheio do deslumbre decorrente da profunda empáfia mal-disfarçada no fantasioso "apadrinhamento dos pobres e injustiçados e revolucionários em geral", na premiação da revista IstoÉ o então "Lulinha Paz e Amor" (que hoje acentua o tom de "esquerda", em tempos que sente a "água bater no bumbum") palrou estas palavras que arrancaram aplausos e gargalhadas de um auditório composto unicamente pela oligarquia paulistana - e que engulamos todos sob risco de, inconformados, sermos mandados sumariamente à ponta do fuzil por nossa "brava esquerda revolucionária, solidária, politizada anti-oligárquica":

"Se você conhece uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque está com problema' [risos e aplausos]. 'Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema". Lula explicou que, em sua opinião, as pessoas responsáveis tendem a, conforme amadurecem, abrir mão de suas convicções radicais para alcançar uma confluência. Tal fenômeno ele classificou de 'evolução da espécie humana'. 

E assim seguiu o então presidente da República de Bananas,  com incomparável síndrome de vira-latas: "Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, e quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata, menos à esquerda. As coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos, e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito". 

É mole ou quer molho, cara pálida?

Isso, apenas para sintetizar o que, no Palácio do Planalto e na ponta fina do tamanco, foram os 13 anos da relação de amor do PT com a mídia, e tentar separar o joio do trigo, definir quem será quem nas próximas eleições que prometem ser as mais baixas e demagógicas da história deste falido País.

Se comparações didáticas são feitas neste sentido envolvendo agrupamentos e/ou personagens de esquerda, estes são acusados de ser, hoje, o que o própro PT foi antes de ontem, até assumir o poder - diante do qual não morreu de pé nem viveu de joelhos, mas morreu de joelhos para terminar de piorar a desgraça.

Enfim, são atualidades colocadas em contexto que nos ajudam a constatar que se o Brasil, nesta tão crítica situação, pretende construir movimentos sociais realmente progressistas, independentes, comprometidos com as causas populares ao invés de interesses político-partidários e ter um candidato efetivamente popular à Presidência no ano que vem (e ainda há tempo, embora já esteja mais que urgindo), deve se desvincular do PT. 

E não só isso: no Brasil, a esquerda deve se desvincular da própria "esquerda" que anda levando seguidos "vareios" intelectuais e morais até da direita, nacional e internacional. O grande problema é que, no final das contas, todo mundo, seja de esquerda ou de "esquerda", acaba apanhando, pagando o tão alto e profundamente amargo preço dessa sucessão de vergonha, de ignorância e de covardia. 

O tratamento contra o câncer requer um ato de coragem, é realmente muito dolorido o qual se trata, se renuncia a muita coisa, ou se entrega e morre - e tudo aponta que a "esquerda" brasileira anda preferindo morrer com seu sectarismo e velhas mesquinharias que, uma vez, já deveriam ter trazido a lição.

 

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey