A estatal petrolífera venezuelana Petróleos de Venezuela SA (PdVSA) suspendeu as relações comerciais com a petrolífera norte-americana Exxon Mobil Corp e o fornecimento de petróleo à empresa, informou um comunicado da empresa venezuelana.
A estatal considera que as medidas cautelares feitas por Exxon Mobil nos tribunais da Europa e EUA que levaram ao congelamento de cerca de 12,3 bilhões de dólares dos ativos da PdVSA não se correspondem com a solidez económica e financeira da PdVSA, empresa que mantem ativos por mais de 109 bilhões , com seu historial de pagos e muito menos com dos ativos de Exxon na Venezuela, disse o comunicado, segundo El Universal.
Dessa maneira , indica o documento, as ações judiciais realizadas pela transnacional resultam desnecessárias, amedrontadores e hostis para PdVSA .
PdVSA e Exxon intervêm em conjunto na refinaria de Chalmette (Louisiana), com 50% de participação accionaria de cada uma. Parte do petróleo que sai de Cerro Negro ( a refinaria nacionalizada), 79 mil dos 105 mil barreles diários que em total produz essa refinaria, vão a essa planta .
Horas antes de PdVSA anunciar seu contragolpe, Exxon havia afirmado estar interessada em manter conversações substanciais com Venezuela sobre o valor de indemnização de Cerro Negro. Segundo as fontes venezuelanas é de cerca de 1,2 bilhões de dólares. Os americanos esperam receber a montante muito maior.
Tendo em conta, que a parte do petróleo venezuelano na importação de crude dos EUA é cerca de 15% , com volume total de importação norte-americana de 10,2 bilhões de barreles diários, o conflito entre dois empresas considera-se como político, provocado por uns passos não bem pensados da Exxon e declarações do presidente da Venezuela, Hugo Chávez que, em contrapartida, ameaça cortar o fornecimento aos Estados Unidos, em resposta a tentativas da Exxon de seqüestrar ativos da PdVSA em tribunais nos EUA e na Europa.
Por Lyuba Lulko
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