Nos próximos cinco anos o potencial existente em Angola em termos de recursos geológicos vai permitir a perfuração de mais de 100 poços. Neste momento, já foram perfurados 155 poços de exploração e avaliação, com uma taxa de sucesso de mais de 80 por cento, segundo o Jornal de Angola.
Essa estimava foi avançada pelo presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Manuel Vicente, durante a segunda Conferência e Exposição Regional Oeste-Africana de Exploração e Produção de Águas Profundas, aberta pelo Primeiro-Ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos.
As reservas actuais do gás associado estão estimadas em 12 triliões de pés cúbicos, viabilizando a produção do projecto Angola LNG, que prevê produzir 5 milhões de toneladas anuais a partir de 2012.
Angola é um dos exemplos da proliferação petrolífera da região ocidental de África. Por este facto, aguarda-se pela entrada em produção de novos blocos em águas profundas no caso do Paz Flod, o Clov, no bloco 17 e no bloco 15, o Satélite, o projecto Tômbwa e Lândana e ainda o Grande Plutónio. Este último potencial situa-se no bloco 18 e já iniciou a sua produção.
Espera-se ainda pelo início da produção em águas ultra-profundas nos blocos 31 e 32, previstos para 2011 e 2012, respectivamente.
A produção petrolífera actual em Angola está estimada em um milhão e 700 mil barris/dia. Até 2008, a meta é alcançar os dois milhões de barris/dia.
Existem enormes potencialidades para o desenvolvimento de actividades petrolíferas na África Ocidental, desde o Gabão, Camarões, Guiné Equatorial, Nigéria, Costa do Marfim, Namíbia, Congo e Angola. No caso de Angola, a indústria petrolífera atingiu o auge da sua história ao ter alcançado em termos de investimentos no valor de 48,3 biliões de dólares, uma aposta empreendida até ao primeiro semestre deste ano.
O destaque recai para os projectos dos blocos 14, 15, 17 e 18 em águas profundas e ultra-profundas. Entre 1980 e 2007, constatou-se a tendência de aumento do investimento na actividade de exploração como resultado da estratégia do reforço desta actividade para o aumento das reservas do país, assegurando a reposição da produção.
Nos próximos quatro anos (2008 a 2011), o sector vai investir 66 biliões de dólares dos quais 51,6 biliões de dólares em projectos em águas profundas e ultra-profundas e nos novos blocos licitados.
Ainda no decurso deste ano, a Sonangol vai efectuar novos concursos para licitação de mais blocos, continuando assim com os seus objectivos, que consistem na manutenção e reposição das reservas petrolíferas e no aumento dos níveis de produção.
O objectivo é alcançar os desafios de exploração e produção de hidrocarbonetos e em zonas terrestres. O sector, especificamente a Concessionária Angolana de Combustíveis de Angola, vai concentrar as suas atenções na aplicação de novas tecnologias e investimentos para o desenvolvimento do conteúdo local e protecção do ambiente.
A Sonangol e o Ministério dos Petróleos, em parceria com as principais companhias operadoras e empresas de prestação de serviços e empreiteiras, apoiam técnica e financeiramente a conferência, coordenada por um Comité Director Internacional.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter