Portal oferece obra de Fernando Pessoa
Brasília Pelo nome completo, Fernando Antonio Nogueira Pessoa não é conhecido dos grandes públicos. Entretanto, as palavras de Fernando Pessoa, como ficou conhecido o poeta português, volta e meia aparecem em conversas descontraídas. Muitos já ouviram alguém dizer tudo vale a pena se a alma não é pequena, mas não sabem que estas palavras foram escritas por Fernando Pessoa há mais de um século. Nascido em Lisboa em 1888, é considerado um dos maiores poetas de todos os tempos e conquistou admiradores ao redor do mundo.
Se o leitor brasileiro conhece Pessoa por alguns versos célebres, é possível conhecê-lo mais profundamente pelo sítio Domínio Público, que oferece gratuitamente obras de importantes escritores nacionais e estrangeiros. Entregar-se à leitura de seus poemas é ter uma outra visão do mundo. Como em Poema em linha reta, em que expõe sua própria fraqueza e se diz cansado da prepotência humana, arrebatando leitores de todas as classes sociais, etnias e nacionalidades. Nunca conheci ninguém que tivesse levado porrada / Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
O contato com a literatura produzida pelo poeta de além-mar evoca sentimentos que o dinheiro não compra. Ainda assim, quem quiser entrar em contato com os pensamentos e divagações de Fernando Pessoa pode fazê-lo sem qualquer custo. No Domínio Público, suas obras aguardam apenas pelo acesso de internautas interessados. O esforço de um clicar de teclas é suficiente para que Pessoa discorra sobre a natureza, o amor e a humanidade.
Utilizar vários heterônimos foi a estratégia do autor para dar voz a vários personagens de si mesmo. Para cada assinatura, uma biografia própria e até mesmo um mapa astral foram criados pelo artista português. Quando assinava como Alberto Caeiro, por exemplo, Pessoa dizia se colocar no lugar de um homem sem profissão e pouco instruído, um poeta da natureza.
É sob o heterônimo de Caeiro que o poeta compõe O Guardador de Rebanhos. Há metafísica bastante em não pensar em nada. / O que penso eu do mundo? / Sei lá o que penso do mundo! / Se eu adoecesse pensaria nisso. Fernando Pessoa morreu em 1935, aos 47 anos, vítima de problemas hepáticos. Suas poesias e as obras de muitos outros autores estão disponíveis, gratuitamente, no Domínio Público .