O cantor-compositor Roberto Carlos - conhecido como o Rei - conseguiu retirar das livrarias a sua biografia não autorizada. A editora Planeta aceitou as exigências do cantor e se comprometeu a não reeditar mais o livro Roberto Carlos em Detalhes, entregar ao cantor os 11 mil exemplares em estoque e recolher os exemplares disponíveis nas livrarias.
O acordo aconteceu hoje após cinco horas de audiência no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, e encerrou a disputa judicial entre o artista que pedia indenização por perdas e danos e o autor da biografia, Paulo César Araújo, noticia Agência Estado.
Entretanto já foram vendidos cerca de 40 mil exemplares do livro que tornar-se-á uma raridade. A obra narra vários detalhes da vida do Rei. No entanto, Roberto Carlos não aceita os comentários sobre o acidente ferroviário que o levou a perder parte da perna, quando era jovem; nem sobre os namoros que teve com algumas artistas no período da Jovem Guarda. O cantor também ficou incomodado com os comentários feitos sobre a morte da sua mais recente esposa, Maria Rita. Aos 65 anos, o cantor já fez mais de 500 canções e vendeu cerca de 80 milhões de discos.
O advogado Norberto Flach, defensor do cantor, definiu o acordo como uma vitória da intimidade do Roberto. Representantes das editoras estão a pedir mudanças na lei brasileira, de modo a que as celebridades possam ter as suas vidas reveladas ao público, como nos EUA, excluindo-se apenas partes excessivamente agressivas. Roberto Carlos declarou que pretende fazer uma autobiografia, mas não especificou quando. Recentemente, Roberto deu uma entrevista para 60 jornalistas, a bordo do navio Costa Fortuna, e abriu um pouco do seu coração.
Estavam presentes 200 fãs, que tinham sido sorteadas para assistir ao encontro do Rei com jornalistas. Sobre o livro, disse que houve invasão de privacidade e que ninguém pode contar a história melhor do que ele, admitindo ainda que a sua futura autobiografia venha a inspirar um filme.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter