Todo o mundo acreditava a gata Mimi ter dado à luz os filhotes concebidos de um cão. Mas os exames colocaram um ponto final na terça-feira ao que uma moradora da cidade gaúcha de Passo Fundo afirmava ser um cruzamento entre um cão e uma gata.
Os testes feitos pelo geneticista Adil Pacheco, diretor do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo, mostraram que os três animais apontados por Cássia Aparecida de Souza como filhotes de sua gata Mimi são cachorros e, segundo o professor, jamais poderiam ter saído do ventre de uma gata.
"Consegui confirmar que os três bichinhos são cães", disse Pacheco à Reuters por telefone. "Cão não nasce de gato, nunca vai nascer."
"Agora é a palavra da moça contra a palavra da ciência", acrescentou.
Cássia Aparecida, no entanto, afirma ter presenciado o parto de Mimi, que também deu à luz três gatos que morreram em seguida. Ela, seu marido, Rogério Jorge da Silva, e vizinhos garantem que o pai dos animais é um cachorro que vive no bairro onde moram.
Já o professor Pacheco afirma ser impossível uma relação sexual entre uma gata e um cão. "Olha o tamanho do pênis de um cão para caber na genitália de uma gatinha", disse. "Teria machucado toda, não conseguiria nem emprenhar", acrescentou.
"Todas as constatações vão contra a visão que ela teve", garante o professor, que atribui a afirmação de que uma gata teve cachorros como filhotes ao "imaginário popular".
A conclusão científica não foi o bastante para convencer Cássia Aparecida, que foi informada do resultado do teste por uma emissora de rádio local que transmitiu ao vivo sua divulgação.
Descontente com a constatação científica, a dona de Mimi, que espera seu primeiro filho para breve, promete pedir a realização de novos exames com os filhotes assim que eles estiverem maiores.
Reuters
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