Um escândalo mancha a Igreja evangelista nos EUA. O líder evangélico americano Ted Haggard, feroz opositor do casamento gay, disse neste domingo ser culpado por "imoralidade sexual", e que há tempos enfrenta uma face "repulsiva" de sua vida.
"Sou culpado por imoralidade sexual. Sou um impostor e um mentiroso. Há uma parte de minha vida que é tão repulsiva e escura que venho combatendo durante toda minha vida adulta", escreveu Haggard numa carta lida durante um serviço religioso dominical em sua igreja, a New Life Church de Colorado Springs.
Haggard renunciou na quinta-feira à presidência da Associação Nacional dos Evangélicos após ter sido acusado por um garoto de programa de ter mantido relações sexuais com ele.
Ele também aceitou ser afastado como pastor-sênior da New Life Church, uma grande congregação com 14 mil membros.
Inicialmente, Haggard negava as acusações, mas começou a recuar na sexta-feira, quando admitiu ter procurado o homem num hotel de Denver para uma "massagem" e para comprar a droga metanfetamina.
Na carta, o pastor, que já foi um dos grandes expoentes da ala política do movimento evangélico dos EUA, disse estar envergonhado e pediu à congregação que perdoe seu acusador.
O escândalo abalou a igreja e a comunidade evangélica de Colorado Springs. "Estou com o coração partido. Somos todos humanos e cometemos erros. Acredito que Deus pode transformar uma situação ruim em algo positivo. Acho que Deus pode resgatar Ted e sua família", disse Deena Hinojos, uma enfermeira que participava do serviço na manhã deste domingo na igreja New Life.
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