A posição, antes ocupada pelos Estados Unidos, foi assumida em 2008, ano em que o mercado de agrotóxicos movimentou sete bilhões de dólares. A partir de informações publicadas pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) organização patronal que reúne empresas do agronegócio como Basf, Bayer, Down Agrosciences, Dupont, Monsanto e Syngenta o Portal do Movimento dos Sem-terra (MST) elaborou um resumo sobre o consumo de venenos na agricultura brasileira. Reproduzimos abaixo o artigo na íntegra.
"Os dados são preocupantes. Enquanto as transnacionais exultam com seus lucros, o Brasil ocupa o posto de maior consumidor de venenos do mundo. A posição, antes ocupada pelos Estados Unidos, foi assumida em 2008, ano em que o mercado de agrotóxicos movimentou sete bilhões de dólares.
Foi no ano passado também que uma série de decisões judiciais obtidas após recursos movidos por empresas de agrotóxicos impediu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de realizar a reavaliação de 14 ingredientes ativos (utilizados em mais de 200 agrotóxicos).
Esse cenário contribuiu para o Brasil continuar a produzir e importar agrotóxicos proibidos em diversos países do mundo. Segundo informações do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz, o que não é vendido União Européia, Estados Unidos, Canadá, Japão e China, acaba vindo para o mercado brasileiro.
Neste ano de 2009, a Avisa retomou os processos de reavaliação de 13 substâncias. Porém, os interesses das empresas de agrotóxicos mostram que mais uma vez será árdua a tarefa do órgão. Dentre os dados recolhidos de informações da Andef, está o que a associação chama de Desafios Estratégicos para a Indústria de Defensivos Agrícolas, uma lista com oito itens que tem como ponto de destaque a necessidade de agilizar processo de registro de novos produtos.
Percebe-se também que as indústrias de veneno estão preocupadas com os consumidores. Em quarto lugar, vemos que um dos desafios apontados é o de esclarecer para a sociedade que alimentos convencionais [sic] do agronegócio são mais saudáveis."
MST
Fonte: vermelho.org.brSubscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter