UNICEF, OMS e Fundação Bill & Melinda Gates saúdam Executivo Angolano pela renovação do compromisso para a erradicação da pólio, asseguramento do apoio e apelo para acções contínuas.
LUANDA, 25 de Janeiro de 2011 - Tendo em conta que a sua visita a Angola chega ao fim hoje, o Dr. Anthony Lake, Director Executivo do UNICEF, o Dr. Tachi Yamada, Presidente Global dos Programas de Saúde da Fundação Bill & Melinda Gates e a Dra. Matshidiso Moeti, Directora Adjunta do Escritório Regional da OMS para África saudaram o compromisso do Executivo de Angola e dos parceiros em livrar o país da praga da pólio. Dr. Yamada, Dr.ª Moeti e o Dr. Lake também renovaram os seus compromissos para alcançar esta crítica meta.
Num encontro mantido com a delegação na Segunda-feira, o Presidente Angolano, José Eduardo dos Santos reafirmou o seu compromisso pessoal e do Executivo para eliminar a pólio de Angola. O Chefe do Estado concordou em ser a ponta de lança da campanha de vacinação no país em 2011, e assegurar que seja realizada com determinação e eficiência.
Posteriormente, num encontro especial do Conselho Nacional da Criança, este compromisso foi reafirmado pelos Vice-ministros, Vice-governadores e as organizações da sociedade civil que concordaram em trabalhar a nível do país para aumentar a cobertura de vacinação.
""Toda a criança tem o direito de ser vacinada contra esta doença," disse Anthony Lake, Director Executivo do UNICEF. "Esta parceria renovada em Angola pode ajudar-nos a alcançar uma histórica vitória e livrar o mundo da pólio, para sempre."
Na mesa redonda de doadores, companhias do sector privado e parceiros bilaterais concordaram em contribuir para os 24.5 milhões de dólares pendentes, através de fundos adicionais, apoio logístico e suporte profissional. Um total de 70 milhões de dólares americanos é necessário este ano para o plano nacional de imunização.
"Progressos extraordinários registaram-se na Nigéria e na Índia no ano passado. Cada um destes países reduziu os casos de pólio até aproximadamente 95 por cento - têm nos dado confiança na luta global para acabar com a pólio, disse Dr. Yamada. "O destaque tem recaído para Angola, e nós devemos todos ser responsáveis para o sucesso aqui, tendo em conta que procuramos eliminar esta terrível doença do mundo."
Num encontro, o Governador de Luanda também garantiu o seu apoio para reduzir o fardo na sua cidade, que tem experimentado o maior número de casos de pólio nos últimos anos. Durante a visita de campo em Cacuaco, uma das maiores comunidades de Luanda, a delegação encontrou-se com uma família, cuja filha ficou paralítica devido a pólio.
Eles visitaram um centro de saúde que presta serviços a mais de 40,000 pessoas e mantiveram encontro com voluntários comunitários de saúde, que prestam um papel vital na educação das comunidades sobre os perigos da pólio, e sobre outras vacinas preventivas de doenças. Os voluntários, também servem como vacinadores durante as campanhas.
"O Governo de Angola está ciente do que é necessário ser feito para eliminar a pólio no nosso país e acabar com a disseminação do vírus aos nossos vizinhos" disse Dr. José Vieira Dias Van-Dúnem, Ministro da Saúde. "Nós precisamos do comprometimento das famílias e de trabalhar com todos os sectores da sociedade para montar um plano abrangente que inclui campanhas de vacina, fortes rotina de imunização e uma melhor vigilância epidemiológica, para rapidamente detectar novos casos."
Pólio em Angola
Angola, que eliminou a pólio durante muitos anos tem sido fustigada com o ressurgimento desta doença paralítica desde Maio de 2005. A doença tem vindo desde então, a se espalhar rapidamente para a Namíbia (2006), República Democrática do Congo (2006, 2008 e 2010) e para a República do Congo Brazaville (2010).
Enquanto bons progressos têm sido alcançados desde o fim da guerra em 2002, Angola ainda continua a reabilitar o sistema primário de saúde, e a investir nas infra-estruturas e nos recursos humanos. O país continua a enfrentar muitos desafios no seu esforço para eliminar a pólio e atingir todas as crianças.
Os parceiros concordaram em trabalhar juntos com o Governo, para fortalecer o sistema de vigilância, melhorar a capacidade do país em dar respostas aos novos surtos, formar mais trabalhadores de saúde e aumentar a imunização de rotina.
UNICEF Angola
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